11 out A Capital está no limite
Artigo escrito por Sérgio Schmitt Cardoso – Advogado e professor universitário, ex-diretor jurídico da Cohab/SC (DC, 11/10/2012)
Andei refletindo sobre um texto de Moacir Pereira, que dizia que a Capital está no limite. Lembrei algo que já escrevi há algum tempo. Escritos que traziam a tese, que talvez não fosse inédita, mas não é isto que estamos discutindo, pois queremos é que seja aplicada a solução menos onerosa ao povo catarinense e mais viável economicamente ao Estado e à Capital.
Temos como solução economicamente viável a retirada dos serviços públicos estaduais e federais, com seus órgãos, repartições e prédios, da Ilha. De acordo com o dizer do arquiteto Dalmo Vieira Filho, “uma cidade não existe para ser percorrida, mas para ser vivida intensamente”. Logo, a Ilha não deve servir de local de trabalho, mas, sim, para o lazer. Por isso, entendemos, que a licitação dos prédios estatais (estaduais e federais), por permuta, para outra área no Continente, irá trazer grandes benefícios para se “viver intensamente a Ilha”, além de viabilizar a mobilidade e o crescimento ordenado.
A solução é economicamente viável se considerarmos que além dos prédios para agregar os serviços públicos, certamente sobrará dinheiro para construir imóveis para agrupar os funcionários – que seriam contemplados com estes apartamentos por meio de financiamentos, ao lado do serviço, reduzindo a mobilidade.
Além dos funcionários morando próximo ao trabalho, haverá a redução de entrada dos veículos que diariamente adentram a Capital para ter com as Secretarias do Estado, com o Tribunal de Justiça, com a Assembleia Legislativa, etc.
É claro que isso mexeria com a zona de conforto de muita gente importante, mas eles certamente entenderão que é melhor “eles viverem intensamente” a Ilha.
A quarta ponte não mais seria necessária, mas projetos e orçamentos frustrariam muitos. Mas para quem quer o bem do Estado e do povo, convenhamos: há projeto melhor?