10 set Florianópolis é a preferida
As belezas naturais e a população aberta à diversidade sexual faz da Capital ser procurada por gays de todo o Brasil
Ao som de música pop, típico das baladas gays, a Parada da Diversidade de Florianópolis reuniu ontem uma multidão de 60 mil pessoas – conforme a Polícia Militar. Na sétima edição, a passeata se consolida entre as mais importantes do Brasil, como São Paulo e Rio de Janeiro. Isso porque Floripa se tornou a queridinha do público GBTS – gays, lésbicas, bissexuais, transgêneros e simpatizantes.
As belezas naturais e o povo mais aberto à diversidade sexual faz a Capital catarinense ser procurada por gays de todo o Brasil, que vem participar dos eventos voltados a essa gama da população e também para morar. O Mister Gay Brasil 2012 Maurício Santiago, de 27 anos, é carioca e veio para Florianópolis há 10 meses para trabalhar como modelo. Ele confessa que vive melhor na cidade do Sul do país por se sentir bem recebido pelos florianopolitanos.
– Aqui o preconceito é menor. O povo de Florianópolis é gentil, não ocorre tanta homofobia. No Rio, já passei por muitas situações complicadas – disse Santiago.
Para a drag queen Selma Ligth, que comandou o trio elétrico principal da parada, a qualidade de vida que Florianópolis proporciona aos homossexuais é o que atrai tanto esse público para a cidade. Além da bela natureza, é conhecida por ser bem tolerante.
– Aqui não se escuta falar em skinheads (grupo ideológico, que age contra judeus, gays e negros). A violência não é tão grande. O manezinho é mais tolerante. Uma das provas é que o homossexual daqui se assume cedo, porque a família o aceita com mais facilidade – afirmou Selma.
O organizador da Parada da Diversidade, Audenir de Carvalho, aponta que o público gay também cativa os heterossexuais em Florianópolis. O exemplo é a passeata que reúne pessoas sem distinção de sexualidade. Outra questão lembrada por Carvalho, é que Florianópolis tem uma lei específica contra a homofobia. E isso é um grande diferencial para um país onde morrem três gays vítimas de violência por dia.
(Por Roberta Kremer, DC, 10/09/2012)