28 ago Autopista depende de decisão da ANTT
Concessionária diz que só sai do papel o que agência julga ser necessário
A apresentação da Autopista Litoral Sul durante a reunião semanal da Associação Empresarial de Joinville (Acij) não deixou os empresários satisfeitos.
O objetivo era esclarecer quais são os serviços previstos no contrato da concessionária com a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), mas os questionamentos que surgiram pediram soluções para os problemas na BR-101 destacados pela entidade.
– Estamos passando por um processo de litoralização. Todo o fluxo do Estado está migrando para a BR-101 e isso se tornará um problema grave. Se não começarmos a pensar em soluções já, não teremos saída daqui alguns anos – alerta Mario Cezar de Aguiar, presidente da Acij e da Câmara de Transporte e Logística da Fiesc.
O superintendente da Autopista, Paulo Mendes Castro, é claro: todas as ações executadas pela concessionária devem ser aprovadas pela ANTT.
– Sai do papel apenas o que a agência julga extremamente necessário – argumenta castro.
Contorno apenas em Florianópolis
Os contornos rodoviários, que poderiam ser uma solução coerente, segundo a Acij, não estão previstos em todos os pontos de fluxo crítico ao longo da rodovia.
– Apenas Florianópolis será contemplada com um projeto de contorno. Nos demais pontos, vamos investir em marginais para desafogar o fluxo – diz o superintendente.
De acordo com o executivo, trechos de trânsito intenso, como Florianópolis, Itajaí e Joinville, ficam mais complicados em horários de pico.
– O pessoal usa a rodovia para se locomover pela cidade. O fluxo urbano se mistura ao da rodovia e afoga o trânsito. A ideia é transferir essa demanda para as marginais.
No momento, a prioridade da concessionária é a restauração de toda a pavimentação da área que está sob sua responsabilidade.
– Pretendemos concluir 100% dos serviços de pavimentação e sinalização da rodovia até o fim de novembro. Deste período até o Carnaval, não realizaremos obras de grande porte na rodovia para não interferir no fluxo intenso no verão – revela Castro.
(DC, 28/08/2012)