27 ago Restauração da Catedral sem data para recomeçar
Símbolo da Igreja Católica no Estado, que completa 300 anos em 2013 – passa por um processo de reformas iniciado em 2005 –, aguarda por investimentos do Estado para continuar a restauração de imagens, recuperação do órgão eletrônico, de todas as portas e dos oito sinos, além do museu. O custo seria de R$ 3,8 milhões. O local abriga a obra que representa a Fuga de Nossa Senhora para o Egito.
A restauração da Catedral Metropolitana de Florianópolis, parada há seis meses – como informou Rafael Martini, na edição de domingo na coluna Visor –, não tem prazo para ser retomada.
Embora a coordenação do projeto na igreja afirme ter recebido a sinalização do governador Raimundo Colombo de que o Estado financiaria a última etapa da obra, na prática, ainda não há previsão.
Essa fase prevê a restauração de todas as imagens da Catedral – inclusive a que representa a Fuga de Nossa Senhora para o Egito –, recuperação do órgão eletrônico, de todas as portas e dos oito sinos, além do museu. O custo seria de R$ 3,8 milhões.
A expectativa era deixar a Catedral, que é tombada pelo patrimônio histórico, em perfeito estado antes de março de 2013 para os festejos de 300 anos de sua fundação.
Ontem, o presidente da Comissão de Restauração da Arquidiocese de Florianópolis, Roberto Bentes de Sá, afirmou que a igreja aguarda o governador para inaugurar a quinta etapa e assinar novo financiamento.
– Estamos esperando o governo nos chamar para definir a assinatura do convênio. O arcebispo já solicitou uma audiência com o governador para agendar uma data – conta Bentes de Sá, lembrando do compromisso assumido no começo do mandato.
Mas, pelo jeito, os católicos estão muito otimistas com a participação do governo na última fase do projeto. Questionada, a assessoria do governo do Estado informou, ontem, que ainda não há posicionamento sobre a liberação de verba para a Catedral, nem reuniões marcadas com Raimundo Colombo.
A obra, executada pela Concrejato, foi iniciada em 2005. Até então, a maior parte do financiamento foi feito pelo Estado. Foram investidos R$ 10 milhões. Além de tornar a Catedral mais segura, pois a estrutura trazia riscos aos fiéis, o objetivo foi deixá-la mais parecida com o prédio original. Uma das surpresas foi a descoberta de 200 ossadas humanas na Capela Nossa Senhora das Dores, onde antigamente era a Congregação Ordem Terceira, que costumava enterrar seus membros mortos na própria igreja.
(Por Roberta Kremer, DC, 27/08/2012)