Divisão de opiniões na audiência pública que trata de hotel na Ponta do Coral, em Florianópolis

Divisão de opiniões na audiência pública que trata de hotel na Ponta do Coral, em Florianópolis

A audiência pública sobre o complexo hoteleiro na Ponta do Coral, em Florianópolis, serviu para mostrar que há diferenças de posicionamento entre moradores da Capital. Mas analisando a totalidade das manifestações feitas na noite de quarta-feira, é possível perceber que a maioria das pessoas se manifestou a favor do empreendimento.
Isto não significa que a opinião pró hotel prevaleceu com grande folga. Muitas pessoas que se inscreveram para falar e defenderam a obra escutaram vaias. Nada que também não tenha ocorrido com aqueles contrários a complexo hoteleiro.
O responsável pelo estudo de impacto ambiental terminou a explanação dizendo que o projeto é viável se forem respeitadas todas as recomendações. Ele demonstrou que durante a construção, que levará três anos, haverá mais aspectos negativos que positivos. Mas a situação se inverte na etapa de operação, com mais pontos favoráveis e a diferença que esta vai perdurar por 50 anos.
Também foi bastante citada a questão judicial que a audiência pública enfrentou. No começo da tarde de quarta-feira, a Justiça Federal de SC suspendeu o evento e todo o processo de licenciamento por entender que o Instituto Chico Mendes deveria ser ouvido por causa do possível impacto da obra na Reserva Ecológica Carijós. Isto foi às 14h20min.
A situação mudou às 16h50min, quando o Tribunal Regional Federal, em Porto Alegre acatou um recurso da construtora Hantei e manteve a audiência pública. O desembargador Carlos Eduardo Lenz justificou que o evento serve para esclarecer a população e por isso não traria prejuízos. Acrescentou que haveria confusão em desmarcar um evento tão em cima da hora.
Com a audiência pública realizada, segue o processo de licenciamento do projeto. No momento, ele está com a Fundação do Meio Ambiente (Fatma) e não há prazo para a resposta.
A decisão depende também de processo judiciais abertos pelo Ministério Público Federal o ICMBio. Ambos correm na Justiça Federal.
O projeto
Praças —9
Altura — 91,78m
Leitos — 1.322
Lojas — 51
Estacionamento — 1 mil vagas
Marina — 247 embarcações
Píer — 175m
(DC, 25/07/2012)