O forno solar

O forno solar

Claro que, apesar de atingir temperaturas surpreendentes, possibilitando assar um bolo em uma hora e meia, o forno solar é totalmente dependente da condição climática e, portanto, não dá para achar que um dia todas as pessoas terão um casa. Mas, em regiões pobres, principalmente na África, onde o sol é constante e a lenha responde por quase 100% da energia consumida, os fornos solares podem provocar uma verdadeira revolução.
A lenha tem pelo menos dois grandes problemas associados ao seu uso como fonte de energia: sua “colheita” destrói ecossistemas e sua queima libera gases de carbono, que poluem o ar e intensificam o efeito estufa. O forno solar não só é capaz de cozinhar sem poluir como também esteriliza a água em meros 20 minutos, quando atinge 65 ºC, a temperatura necessária para matar todos os microorganismos capazes de causar alguma doença. E o melhor é que cada pessoa pode construir o próprio forno solar, gastando quase nada. O modelo mais simples, tipo painel, é feito com um pedaço de papelão, revestido com algum papel laminado.
Em 1990, a associação internacional Solar Cookers distribuiu fornos desse tipo a 28 mil famílias no Quênia e, oito anos depois, constatou que cerca de 20% delas ainda usavam os painéis como equipamento principal da “cozinha”. Quase 6 mil famílias, que estariam queimando lenha, adotaram a cozinha sustentável.
TRÊS FORMAS DE ASSAR
Para facilitar o cozimento, a panela precisa ser embalada em um plástico
(Artur Louback, Planeta Sustentável, Fevereiro de 2008)