16 jul Revitalização do Bosque Pedro de Medeiros, em Florianópolis, ainda não saiu do papel
Objeto de denúncia por abandono e falta de manutenção há pouco mais de três meses, o Bosque Pedro de Medeiros, no Estreito, passa por processo de revitalização para recuperar a beleza que abriu as portas, em 2002, da única área de lazer verde que representa a Capital no Continente.
Entre os problemas do bosque de 18 mil metros quadrados, apresentados na reportagem de 4 de maio do caderno Continente, estavam a falta de segurança nos deques da entrada do parque, que estavam podres e com pregos expostos, além de erosões ao longo das trilhas, roletas enferrujadas, entulhos acumulados e guarita com vidro quebrado.
Após pouco mais de dois meses, boa parte da falta de manutenção foi resolvida. O local está com deque novo, que ainda passa por pintura, o vidro da guarita foi trocado e as roletas enferrujadas foram retiradas da entrada, dando uma nova cara para quem busca o local, rico em Mata Atlântica, pássaros e orquídeas. O lago, que havia sido aterrado, está sendo novamente aberto.
As cercas das trilhas também começaram a ser recolocadas, mas o serviço ainda não foi finalizado. Segundo o chefe de Departamento de Unidades Externas da Secretaria do Continente, Antônio Carlos Simas, os trabalhos de revitalização do bosque foram interrompidos quando detectaram problemas na tubulação de drenagem do bosque.
A rede pluvial está sendo ampliada com o ganho de um novo tubo de 40 centímetros de diâmetro para auxiliar no escoamento da água que, antes, ficava acumulada e provocava mau cheiro. Enquanto os funcionários estiverem resolvendo o problema da drenagem, as pinturas dos deques e colocação das cercas nas trilhas ficarão suspensas.
O problema da erosão ao longo do passeio no bosque, com buracos que trazem perigo e atrapalham a acessibilidade, permanece. Simas enfatiza que um estudo está sendo elaborado para detectar o tipo de recomposição que poderá ser feito nos buracos das trilhas. Além disso, em paralelo, há um projeto para privilegiar a acessibilidade das trilhas, inclusive com alargamento.
— Estou remanejando o máximo de funcionários que posso para resolver os problemas do local. Hoje, o bosque virou um canteiro de obras como nunca foi.
O Museu do Presépio, outra iguaria do lugar, também está do mesmo jeito, sem restauração desde a abertura do bosque e com estrutura precária. Após a reportagem do Continente, uma vistoria foi realizada pelo Serviço de Patrimônio Histórico Artístico e Natural do Município (Sephan) no local para elaborar o estudo de reforma do patrimônio tombado. Conforme Simas, semanalmente, estão sendo feitas reuniões com a arquiteta da prefeitura para que o processo seja iniciado.
Não há previsão de início das obras. Segundo a assessoria do Ministério Público, a revitalização do bosque está sendo acompanhada. Foi pedido à prefeitura um relatório das atividades realizadas e das pendentes, que precisam de licitação para serem concluídas.
(DC, 13/07/2012)