Médicos devem fazer sétima paralisação do ano nesta terça-feira em Florianópolis

Médicos devem fazer sétima paralisação do ano nesta terça-feira em Florianópolis

Os médicos da prefeitura de Florianópolis devem suspender os atendimentos nos postos de saúde de Florianópolis nesta terça-feira à tarde. Este será o sétimo dia de paralisação não consecutivo só este ano.
Outros procedimentos, inclusive vacinas, serão mantidos normalmente. Urgências e emergências devem ser encaminhadas às Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) Norte e Sul.
A partir das 14h30min, os profissionais participam de uma assembleia na Câmara de Vereadores, onde irão pedir apoio aos parlamentares na tramitação do projeto de lei que deve suspender o desconto ilegal na gratificação do Programa Saúde da Família (PSF).
A elaboração do projeto foi concluída na última sexta-feira pela comissão nomeada pela prefeitura. O documento deve ser submetido ao estudo de impacto financeiro antes de ser assinado pelo prefeito e protocolado na Câmara. Após a aprovação, a proposta deve retornar para sansão do prefeito e ser publicado no Diário Oficial. O projeto de lei deve beneficiar todos os profissionais que atuam no PSF.
Na semana passada, o secretário de Saúde de Florianópolis, Clécio Antônio Espezim, declarou que considera a paralisação injusta por que a secretaria já estaria com os esforços voltados para o atendimento da exigência da categoria.
Pressa na aprovação
A decisão de fazer uma nova paralisação foi deliberada em assembleia da categoria na última quinta-feira.
— Somente com a aprovação do projeto é que o desconto ilegal poderá ser suspenso e por isso temos pressa na aprovação tendo em vista o prazo da lei eleitoral — afirma o secretário geral do Sindicato dos Médicos do Estado de Santa Catarina (SIMESC), César Ferraresi.
As negociações já duram um ano. De acordo com o presidente do sindicato, Cyro Soncini, a suspensão do desconto pode refletir de forma positiva na permanência dos médicos na gestão municipal da saúde. Conforme ele, mais de 100 médicos deixaram a prefeitura em um ano e meio.
(Por DC, 03/06/2012)