22 fev Floripa sediará 1ª Conferência Mundial de Biosfera Urbana
Florianópolis será sede em novembro deste ano da 1ª Conferência Mundial de Biosfera Urbana. A conquista foi articulada pela comitiva de Floripa que participou do 3º Congresso Mundial de Reservas da Biosfera, em Madrid, realizado de 4 a 9 de fevereiro.
“Como em Madrid, o evento, que era técnico, reuniu cerca de 1500 participantes de 105 países, em Florianópolis não deverá ser diferente”, acredita Anita Pires. No mês de março a cidade receberá uma equipe da Unesco para discutir propostas para a efetiva transformação de Florianópolis em reserva da biosfera urbana.
A comitiva foi formada pelo presidente da Fundação de Apoio à Pesquisa Científica e Tecnológica de Santa Catarina, Antônio Diomário Queiroz (representando o governador Luiz Henrique); o superintendente da Fundação do Meio Ambiente (Floram) José Carlos Rauen e o diretor do Ipuf, Ildo Rosa (representando o prefeito Dário Berger); o professor da UFSC, Érico Porto Filho, o coordenador do Comitê Mata Atlântica de SC; Miguel Ximenez, o presidente da CODESC, o reitor da UFSC, professor Lúcio Botelho, e a presidente da Ong FloripAmanhã, Anita Pires.
Nova discussão no conceito de biosfera
De acordo com Anita Pires, o conceito de biosfera urbana é novo na discussão sobre reservas de biosfera, e os estudos começaram a ser aprofundados durante o Foro de Reservas de Biosfera en Ambiente Urbano, que aconteceu no dia 7 de fevereiro durante o Congresso em Madrid. Um dos responsáveis pela inclusão de Florianópolis entre os locais caracterizados como reservas da biosfera urbana é o arquiteto Ruben Pesci, da Fundación Cepa.
“As biosferas urbanas são locais especiais, por sua constituição natural, mas que são habitados e precisam ser constantemente trabalhados para a manutenção de seu equilíbrio”, resume Anita.
Futura referência
A presidente da FloripAmanhã acredita que o título de reserva mundial de Biosfera Urbana daria grande visibilidade à cidade, que se tornaria referência em vários aspectos e uma potencial recebedora de apoio de universidades e financiadores de todo o mundo. “Florianópolis ainda tem bastante cultura local, muita riqueza natural e duas vocações claras para turismo e tecnologia, fatores que a colocam em condições viáveis de ser uma cidade modelo”, diz. Anita cita alguns exemplos recentes que têm incluído a cidade em um circuito internacional de inovação, como a conferência Eco Power, a Oficina de Desenho Urbano, o projeto Sapiens Parque e o selo Bandeira Azul, que teve lançamento oficial no dia 16/02, na praia do Santinho.