23 maio Prefeitos e governo de Santa Catarina discutem participação na implantação do sistema de transporte marítimo
O prefeito de Palhoça, Ronério Heiderscheidt, apresenta aos prefeitos da Grande Florianópolis e governo de Santa Catarina nesta quinta-feira a maquete de quatro terminais que fazem parte do projeto do sistema de transporte marítimo da Grande Florianópolis. A reunião está programada para ocorrer às 10h, na prefeitura da Capital.
Na reunião, também será discutida a participação do governo de Santa Catarina e dos municípios no sistema de transporte marítimo. O modelo será mostrado aos prefeitos de Florianópolis, São José e Biguaçu e ao secretário da Infraestrutura de Santa Catarina, Valdir Cobalchini.
Pelo projeto, cada terminal terá capacidade para 100 passageiros. As maquetes mostram a proposta de terminais para quatro pontos de Palhoça: Ponte do Imaruim, Barra do Aririú, Praia de Fora e Praia do Sonho. Os prédios terão 450 metros quadrados, apenas o da Praia de Fora será menor, com espaço para 40 pessoas e área de 190 metros quadrados.
A prefeitura de Palhoça estima que o sistema custará entre até R$ 6 milhões da iniciativa privada para ser colocado em prática. Se for integrado na região, deve custar até R$ 20 milhões. A proposta ainda depende da aprovação da Superintendência do Patrimônio da União (SPU) para ser aplicada.
Veneza e Amsterdã serviram de inspiração para as estruturas que preveem ponto de ônibus, estacionamento, trapiche, bicicletário, aéreas de gastronomia e espera de passageiros. A ideia é interligar o transporte marítimo a linhas de ônibus. Pelo projeto, o trajeto do transporte marítimo em Palhoça terá 25,6 km e ligará a Praia do Sonho à Ponte do Imaruim.
Na proposta, o barco que será usado no sistema é o mesmo que faz a travessia entre as cidades gaúchas de Guaíba e Porto Alegre. O modelo já foi experimentado na região metropolitana de Florianópolis em 2011. O projeto da prefeitura de Palhoça prevê a interligação entre os municípios de Florianópolis, São José, Biguaçu e até Governador Celso Ramos.
O sistema
O projeto do transporte marítimo tramita na Superintendência do Patrimônio da União (SPU) desde março deste ano. A partir da entrega do documento, o Estado pode, por exemplo, consultar a Capitania dos Portos para verificar a segurança da navegabilidade do trecho que ligará os municípios. Além de conseguir as licenças ambientais necessárias. A prefeitura de Palhoça informa que a avaliação do SPU pode ser concluída em quatro meses.
Estado acelera ações
O secretário de Estado de Infraestrutura,Valdir Cobalchini, reforçou que o assunto é prioridade. Foi criada uma gerência no Departamento Estadual de Transportes e Terminais (Deter) para tratar do tema.
O passo seguinte, conforme Cobalchini, é a reunião com as municípios de São José, Florianópolis, Biguaçu e Palhoça para a definição de pontos dos terminais. Em Florianópolis, é quase certo que ele ficaria nos arredores do Centrosul, bem no Centro da Capital. Em São José, uma das possibilidades é a Beira-Mar do município.
Haveria ainda a intervenção do Estado junto aos órgãos: Capitania dos Portos, Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Superintendência do Patrimônio da União (SPU) e Fundação do Meio Ambiente (Fatma) para tratar sobre segurança, licenças, estrutura dos terminais e sinalizações.
Viagens antes do previsto
A etapa final seria a autorização de uma ou mais empresas para explorar a travessia em carácter experimental, sem um edital de licitação. A Secretaria de Infraestrutura adianta que a empresa BB Barcos já mostrou interesse no trabalho experimental e que provavelmente será a que fará o teste do transporte marítimo na Grande Florianópolis.
Somente depois seria lançado um edital de licitação pública para a operação do novo modal. Cobalchini garante que até o fim deste primeiro semestre, o assunto sai do papel.
(DC, 22/05/2012)