Saudade da Restinga

Saudade da Restinga

Da coluna de César Valente (De Olho na Capital, 08/02/08)
Esses dias passei pelo Jurerê Internacional, onde vi que está quase pronto o Il Campanario (foto acima), aquele empreendimento que originou a Operação Moeda Verde. Esta e as demais obras sobre as quais repousa uma suspeita difusa de terem sido gestadas em pecado, continuam livres, leves e soltas. Algumas já estão prontas, outras estão quase.
Uma vez contei uma história, para o dono da Habitasul, quando estava iniciando o Jurerê Internacional e ele depois repetiu num almoço, diante de outros jornalistas, achando muita graça. É que, quando eu era bem jovem (início da década de 70), costumava estacionar o fusquinha na restinga de Jurerê e, abrigado pela farta vegetação, declarava amor eterno, à luz do luar, às namoradas que aceitassem o convite para ir até lugar tão ermo e distante.
Dali onde hoje inicia o Jurerê Internacional, até o Forte, tinha alguns acessos à praia, por dentro da vegetação. Ficava como se fosse um túnel ecológico. Uma maravilha de privacidade. Com o mar em frente, para providenciais refrescamentos. E eu reclamei para o empreendedor, uma vez, que ele tinha acabado com esse refúgio de tantos manezinhos apaixonados. Até hoje não entendi direito por que ele achou a história tão engraçada.