21 jul Ritmo de obras na Capital é lento
Diferentes argumentos, como falta de dinheiro, necessidade de intervenções externas e problemas de drenagem, entre outros, são apontados para justificar uma série de obras viárias inacabadas em Florianópolis. Um caso clássico é a avenida Laurindo Januário da Silveira, no Canto da Lagoa, cujo projeto prevê pavimentação asfáltica. As intervenções iniciadas no ano passado foram interrompidas em fevereiro por conta da necessidade de definição no projeto de melhorias no trevo do Rio Tavares, explicou coordenador da Operação Tapete Preto, Antônio Simões Neto. “Os ajustes estão prontos, mas agora estamos aguardando a Companhia de Águas e Saneamento (Casan) concluir a rede coletora de esgoto no local para dar continuidade ao processo”, explicou. Ele lembra que os passos seguintes são a camada de asfalto e a pavimentação.
Outra obra do tipo “operação tartaruga” é a pavimentação na rua Altamiro Barcelos Dutra, principal via de acesso na Barra da Lagoa. Os trabalhos iniciaram no final de 2005, mas foram interrompidos nos meses de janeiro e fevereiro deste ano em função da alta temporada de verão e reiniciadas em março. Simões Neto reconhece que a obra está em ritmo lento e elenca os motivos. “Houve atraso no pagamento aos empreiteiros”, declarou, explicando que a intervenção é custeada pela Prefeitura, com contrapartida do governo do Estado. “Outra explicação para a demora é o fato de o volume de drenagem na área ser bem maior do que o estimado inicialmente”, argumentou. O coordenador esclarece que a obra está em fase de execução e necessita de, no mínimo, mais 60 dias para estar concluída.
A demanda de paciência não se justifica apenas no Canto e Barra da Lagoa. Com 165 ruas mapeadas para receber pavimentação, muitas delas ainda em obras, a Capital se tornou um canteiro de obras viárias. Simões Neto explicou que a pavimentação é um projeto prioritário. Um pacote de obras é financiado com recursos do Fundo de Financiamento para o Desenvolvimento da Bacia do Prata (Fonplata), com contrapartida da Prefeitura. Entre os projetos da parceria estão a Beira-mar Continental, a avenida Cristovão Machado, na Vargem Grande, os terminais de ônibus do Rio Tavares e da Lagoa e o viaduto Joaquim Nabuco, na área continental. “As obras estão sendo tocadas e eventualmente surgem dificuldades de execução”, justificou. O coordenador explica que o Fonplata libera os recursos de acordo com a conclusão das etapas. “Quando há necessidade, solicitamos prorrogação nos prazos”, afirmou.
(Gisa Frantz, A Notícia, 21/07/2006)