09 fev Roubos crescem 20% nesta temporada em Santa Catarina
Crimes contra pedestre, veículo e comércio são os mais comuns. A boa notícia é a queda dos homicídios
A temporada de verão em SC apresentou até agora aumento no número de roubos e de ocorrências envolvendo tráfico e consumo de drogas. A quantidade de assassinatos e furtos diminuiu. As autoridades afirmam que vão intensificar as operações e as investigações.
Os dados são da Secretaria de Segurança Pública (SSP) em análise da incidência de crimes em 52 dias da operação Veraneio, que começou em 16 de dezembro e vai até 5 de março. Nas 45 cidades litorâneas alvo da ação, houve 11.792 ocorrências de 16 de dezembro até segunda-feira, número que representou 55% dos crimes registrados em todo o Estado no mesmo período.
O que mais chamou a atenção foi a ação de assaltantes na região em que estão os veranistas. Roubo contra pedestres, em veículos e no comércio foram os crimes que apresentaram mais registros. São 1.261 roubos contra 1.043 na temporada passada, o que significou elevação de 20,90%.
As cidades que tiveram maiores diferenças em relação a esse delito neste verão foram São José, Florianópolis, Itajaí, Itapema e Barra Velha. A análise da SSP apontou ainda queda de 6,06% no número de assassinatos e de 8,71% no de furtos.
O secretário da Segurança Pública, César Grubba, disse que os roubos se justificam pelo aumento da população flutuante e também pela distração dos turistas em férias.
Ele destacou a parceria com a secretaria de Turismo e ações de reposição de efetivo, renovação da frota, compra de armas e câmeras no litoral. Sobre os assaltos, o secretário vê a necessidade da criação de novas delegacias especializadas ao combate desse tipo de crime em Santa Catarina.
O comandante da Polícia Militar de SC, coronel Nazareno Marcineiro, atribuiu o aumento dos assaltos à ousadia dos criminosos, à falta de medida protetiva aos adolescentes infratores e também à legislação.
– A lei gera expectativa de impunidade – lamentou o comandante, se referindo à soltura de presos e ao fato de adolescentes infratores não ficarem apreendidos no Estado.
(Por Diogo Vargas, DC, 09/02/2012)