17 jan Defesa Civil vai interditar casas na Costeira da Pirajubaé
Parte de um barranco ameaça desabar sobre as moradias. Deslizamento ocorreu no último sábado. Notificações serão feitas na quarta-feira (18)
O clima ainda é tenso na rua Guilhermina Izabel da Costa, no bairro Costeira do Pirajubaé, parte Sul da Ilha, local em que uma pedra de 700 toneladas ameaça desabar. A situação se agravou com a chuva do último sábado, quando equipes voluntárias da Defesa Civil do município orientaram moradores de nove casas a não permanecer no local quando chover forte. Ontem, a Defesa Civil fez uma vistoria oficial no morro. Ao todo, oito casas serão interditadas a partir de amanhã. No morro da Mariquinha, um escorregamento de terra também foi averiguado pelo órgão. Outra moradia terá que ser demolida nos próximos dias.
Morando com os dois filhos em uma casa no início da rua Guilhermina da Costa, a dona de casa Luciana Raimundo, 28 anos, afirmou que não dormiu desde que soube da movimentação da pedra. “Se descer, todas aquelas casas vão cair e a minha vem junto. Eu tenho medo do que pode acontecer”, contou Luciana que, por segurança, dorme com os filhos.
A casa azul, onde mora a sogra da vigilante Marise Vieira, 34, foi fechada pela família no sábado. A moradia é a primeira na mira da pedra que ameaça deslizar. “Tiramos algumas roupas e os eletrodomésticos mais novos. Por enquanto, ela está morando comigo e meu marido”, contou Marise, que teme pela segurança dos vizinhos.
Logo abaixo da casa azul vive a dona de casa Jaira Claudino, 43, que comemorava seu aniversário quando os primeiros montantes de barro começaram a ceder. “Não tiramos nada de casa porque não tem para onde levar. Se interditarem minha casa, eu não tenho para onde ir”, lamentou Jaira. Leia a íntegra da reportagem na edição impressa do jornal Notícias do Dia desta terça-feira.
(ND, 17/01/2012)
Áreas de risco são vistoriadas
A Defesa Civil de Florianópolis fez ontem vistorias em áreas de risco. Depois das chuvas intensas do fim de semana, pequenos deslizamentos aconteceram no Morro da Mariquinha, na Serrinha, Saco dos Limões e na Costeira da Pirajubaé. Para evitar novas ocorrências, a Defesa Civil municipal deve avaliar a situação na Servidão da Bica, no Morro da Mariquinha, e na Servidão Guilhermina Izabel da Costa, na Costeira do Pirajubaé, onde a situação é mais grave.
Segundo o Centro de Informações de Recursos Ambientais e de Hidrometeorologia de SC (Epagri/Ciram), entre sexta-feira e sábado choveu 92 milímetros na cidade, quase metade do esperado para o mês, que é 215 mm. A Defesa Civil da cidade estava em alerta e registrou 14 pontos de alagamento no Norte da Ilha e 10 ocorrências na região do Maciço do Morro da Cruz, todas de pequeno porte.
Em Palhoça, os rios Eucalipto e Pacheco transbordaram e pelo menos 40 ruas ficaram alagadas nos bairros Pachecos, Ponte do Imaruim, Frei Damião, Brejaru, Jardim Eucalipto e Pontal. Ainda em Palhoça, na BR-101, houve deslizamento de pedras que caíram sobre o acostamento, no km 234, na altura do Morro dos Cavalos.
Em São José, na Rua Moura, no Bairro Barreiros, o muro de uma casa desabou. Ninguém se feriu ou ficou desabrigado.
(DC, 17/01/2012)