10 jan Capitania dos Portos faz simulação de abordagem na Baía Sul em Florianópolis
Atividade visou mostrar como atua na fiscalização das embarcações
Uma embarcação navega no canal próximo das pontes que unem Ilha e Continente. A velocidade da embarcação deixa desconfiada a fiscalização da Capitania dos Portos. Um jet ski se desloca para perto da lancha. Em seguida, um bote inflável.
É pedido que o condutor apresente registro da embarcação e carteira de habilitação. Os militares também sugerem o teste do bafômetro. A cena, ontem pela manhã, nas águas da Baía Sul, era uma simulação. O comando da Capitania dos Portos queria mostrar como atua na fiscalização.
Desde o dia 17 de dezembro, quando começou a temporada, a equipe da Capitania dos Portos, em Florianópolis, fez cerca de 500 abordagens e 250 notificações em embarcações que ofereciam algum tipo de risco à segurança. Seis barcos foram apreendidos. Os motivos variam: verificação de documentos, exigência de carteira de habilitação, embriaguez na direção, navegação em área proibida.
— Atuamos na prevenção para evitar acidentes no mar — diz o capitão dos portos em Santa Catarina, Claudio da Costa Lisboa.
Polo náutico no sul do Brasil, Florianópolis tem cada vez mais atividades de lazer ligadas ao setor. Apesar disso, não existe uma preocupação específica com as baladas no mar, de acordo com o capitão.
— Nossa forma de agir é a mesma, seja com um pescador artesanal seja com uma embarcação da Marinha Mercante — diz o comandante.
O bafômetro vem sendo usado. Mas, assim como o motorista de um carro, cabe ao condutor a decisão de submeter-se ou não ao teste. Não existe um disque-denúncia na capitania. Normalmente as informações são repassadas via rádio de outras embarcações. Em terra, se houver problemas, as pessoas podem contatar o número 190.
O comandante não concorda com o senso comum de que a fiscalização faz vistas grossas a irregularidades cometidas por embarcações de lazer. Ele diz que o rigor é sempre o mesmo. Tomados os devidos cuidados, a navegação é um transporte seguro e muito agradável.
Como diria o poeta português Fernando Pessoa, “navegar é preciso, viver não é preciso.”
(Por Ângela bastos, DC, 10/01/2012)