09 jan Balada em alto-mar reúne festeiros em luxuosas lanchas em Governador Celso Ramos
Uma das “festas aquáticas” mais badaladas no local é o Tinguaço
É o que qualquer um chamaria de “vida boa”: curtir o verão em alto-mar, a bordo de uma lancha, com música e gente bonita. O pacote, geralmente, é completo: champanha, vodca importada, tele-entrega de pratos com frutos do mar, bote, jet-ski e marinheiro à disposição para quem já sabe que vai exagerar nos drinques. São as festas privativas, longe da disputada faixa de areia das praias de Santa Catarina.
Um dos points preferidos de quem procura badalação em alto-mar é a Praia do Tinguá, em Governador Celso Ramos, a 40 quilômetros de Florianópolis. Nos dias de sol, as águas são cobertas por barcos, que promovem dois tipos de festas: a de família, com crianças e até cachorro a bordo; e a balada jovem, onde o que vale é dançar, paquerar, ouvir música eletrônica e molhar os outros com champanha.
— O bom do barco é que cada saída é em um lugar diferente, pois dependemos do mar e do vento — diz Jorge Katcipis, adpeto do primeiro tipo de festa.
Ele, a família e os amigos curtem o sol fazendo churrasco, brindando com espumante e divertindo-se sobre uma boia gigante. Há até festas temáticas, como Carnaval, Páscoa, além de happy hour.
Tinguaço
Uma das “festas aquáticas” mais badaladas no local é o Tinguaço, que acontece todo mês. Os barcos são atracados no meio da baía um ao lado do outro. Qualquer tipo de embarcação pode chegar junto. Há espaço para todos, mas prevalece o luxo.
Enquanto, em um barco, um poodle descansa no colo da dona e algumas mulheres tomam sol, em outro, a embarcação balança para seguir o ritmo dos pulos de um grupo de jovens dançando. Para o administrador de empresas Vandes Dall’Oglio, 23 anos, a reunião na água tem vantagens:
— Aqui a gente reúne os amigos, aproveita o dia todo no barco e fica na paz. Chegamos às 11h e só vamos embora quando anoitece.
O turista, que é de Curitiba, aproveitava o dia em duas lanchas, com cerca de 15 pessoas. A grande maioria é gente jovem, em torno dos 20 anos. Dois marinheiros acompanhavam o grupo. No mar, é comum encontrar barcos enfileirados. A ideia, muitas vezes, é ampliar a festa e juntar o máximo de gente possível.
Luxo privê
Uma outra balada conseguiu reunir mais de 40 pessoas, vindas de cidades como Lages, Balneário Camboriú e Belo Horizonte e países como Itália, Suíça, Suécia e Estados Unidos. A festa era totalmente privê, tanto que os convidados possuíam até pulseirinha de identificação.
— A gente se reúne todo final de semana e sempre acaba conhecendo gente diferente — conta a advogada Maria Cecília Mendes Pagel, 30 anos.
Mas nem só de champanha vivem os festeiros do mar. Um latão de cerveja às vezes surge para dar um tom mais popular ao encontro. Com esta mistura, não podem faltar os “micos”, como um homem que saiu de seu barco para jogar um balde de água em outro, mas caiu e só conseguiu assustar os convidados com o tombo. Cena comum em todo evento regado a muita bebida. A única diferença, nesta hora, é que o chão é a água. Então, é melhor saber nadar.
(Por Mauren Rigo, DC, 08/01/2012)