09 dez Nona Sinfonia de Bethoven hoje na Capital
Por Moacir Pereira (DC, 09/12/2011)
A Camerata Florianópolis e o Polyphonia Khoros, sob a regência do competente maestro Jeferson Della Rocca e solos dos cantores Kalinka Damiani, Adriana Clis, Marcos Liesenberg, Sávio Sperandio, realiza hoje (09/12), no Teatro Pedro Ivo, o último concerto da série Grandes Clássicos. Apreesenará uma das mais grandiosas e cativantes obras primas da música erudita: A Sinfonia No 9 de Beethoven.
O Concerto foi viabilizado com o patrocínio da WOA Empreendimentos Imobiliários, da hidrelétrica Enercan, Tractebel Energia e Cassol. Neste ano a orquestra apresentou com grande sucesso 22 concertos até o momento e realizará outros 5 até o final do ano, além do projeto Clássicos com Energia, que consistiu na gravação de um CD e um DVD, interpretando arranjos de conhecidos temas da música clássica. Ressalta-se a boa receptividade do público aos eventos promovidos, obtendo lotação máxima em 90% dos concertos que realizou na presente temporada.
A Obra
Alem do desenvolvimento da linguagem e do conteúdo musicais, que determinaram a fase final de Beethoven (Romântica), o compositor incluiu vozes numa sinfonia, fato ocorrido pela primeira vez na historia da musica. Por esse motivo foi apelidada de Sinfonia Coral. A primeira apresentação da Nona Sinfonia deu-se no dia 7 de maio de 1824. Beethoven a compusera num estagio bastante avançado de sua surdez, e conta-se que ao termino da prémiere, não voltou-se ao publico, pois não ouviu os calorosos aplausos que acolheram sua ultima sinfonia.
A Nona Sinfonia constitui-se de quatro movimentos, sendo o primeiro Allegro ma non troppo, um poco maestoso. Os acordes iniciais remetem-nos a uma orquestra afinando. Logo surgem os temas principais que são, seguindo o modelo clássico, configurados na forma sonata (estrutura musical fixa que contem introdução, desenvolvimento e conclusão). O segundo, Molto vivace – Presto – Molto vivace, traz uma novidade: um scherzo, que nas sinfonias geralmente e posto como terceiro movimento, embora não leve essa indicação.
O terceiro, intitulado Adagio molto cantabile, apresenta a potencialidade melódica do compositor, em compasso ternário de andamento lento. Trata-se de um tema com variações, estrutura na qual a melodia apresentada passa por diversas regiões tonais e, a cada vez que se repete, inclui novos elementos.