Para onde vamos?

Para onde vamos?

Da coluna de Carlos Damião (ND, 06/09/2011)

É estranho que os bandidos continuem promovendo ações ousadas e a segurança pública não consiga conter a escalada da violência

A violência não é novidade. A violência é recorrente, cotidiana, assustadora, está nos jornais, no noticiário da internet, das rádios, das TVs. Todos nós, cidadãos comuns, estamos sujeitos a ações de bandidos que não conhecem limites, porque não há limites. O assalto de segunda-feira (5) à casa de um empresário no bairro Córrego Grande foi apenas mais um ato de covardia contra a sociedade catarinense. E foi também mais uma demonstração de que atos criminosos não são mais simplesmente assaltos, roubos, sequestros ou furtos. São atos de terrorismo, como já apontei aqui outro dia. O simples fato de os bandidos terem deixado recado escrito, com ameaças a um jornalista, é uma demonstração de que impera a anarquia na segurança pública. E a anarquia, a ausência do Estado, é irmã gêmea do terrorismo. Basta! A sociedade está órfã e as autoridades precisam reagir. Não há outra solução: força máxima nas ruas, o tempo inteiro!

Nível

O que será de nós durante a temporada de veraneio, diante de tantos problemas que estamos vivenciando nos últimos meses – da insegurança pública à imobilidade urbana? Para onde marchamos, se a situação já está nesse nível?

Prioridade

Estranho que a polícia não patrulhe as ruas da Grande Florianópolis mas, quase todos os dias, usa sua força para combater o jogo proibido, as casas de bingo clandestinas ou o jogo do bicho. É de se perguntar: o que é mesmo prioridade para a segurança pública?