05 set Recuperação da praia da Armação depende de sinal verde do Ministério da Integração Nacional
Praia de Florianópolis foi atingida por fortes ressacas em 2010. União precisa liberar R$ 13 milhões garantidos por emenda de Ideli Salvatti
A comunidade da Armação do Pântano do Sul, na Capital, terá de esperar pelo menos até primeiro semestre de 2013 para ver a praia recuperada. Fortes ressacas atingiram o local ano passado e a Prefeitura de Florianópolis aguarda autorização de convênio do Ministério da Integração Nacional para contratar o projeto executivo da obra. A expectativa da Secretaria de Obras é que o ministro Fernando Bezerra de Souza Coelho assine ainda em setembro a liberação dos R$ 13 milhões, garantidos por emenda da então senadora Ideli Salvatti.
De acordo com o secretário de Obras, engenheiro Luiz Américo Medeiros, a prefeitura está preparando o edital de licitação para contratar a empresa que fará os estudos ambientais necessários e o projeto executivo. Assim que o ministério liberar a verba, cerca de R$ 3 milhões serão destinados à etapa inicial. A elaboração dos estudos e projetos, segundo Medeiros, deve levar cerca de seis meses. “Entre março e abril de 2012 deveremos licitar a obra. Ela vai durar aproximadamente dez meses”, afirma.
A obra terá investimento do restante dos R$ 10 milhões da emenda e cerca de R$ 3 milhões de contrapartida da prefeitura. O projeto não inclui apenas a recuperação da praia, mas também urbanização com traços da cultura local. “Se tudo ficar como estamos imaginando, será a praia exemplo para a cidade de Florianópolis”, diz o secretário.
A faixa de areia será engordada em 50 metros com aterro. Para quebrar a energia das ondas que chegam à beira-mar, o projeto prevê a colocação de um geotubo em toda a extensão da Armação, cerca de 1.600 metros. Está previsto também um molhe na Ilha das Campanhas, entra a Armação e o Matadeiro; o desassoreamento do rio Quinca para permitir a entrada de pequenas embarcações; e urbanização de um calçadão com passeio público, ciclovia e decks.
O problema
Em maio de 2010, ressacas constantes na praia da Armação do Pântano do Sul diminuiram bruscamente a faixa de areia e destruiram casas construídas à beira-mar, causando prejuízos à comunidade
O projeto
Engordamento da faixa de areia em 50 metros
Colocação de uma rede de geotubos, células feitas a partir de um tipo de fibra resistente e “recheadas” com areia da praia
Os geotubos têm 20 metros de comprimento, seis de largura e 2,5 de altura.
A função deles é diminuir a energia da onda que avança em direção à praia e, assim, diminuir os estragos provocados por ressacas e fortes correntes marítimas.
(Por Maiara Gonçalves, ND, 05/09/2011)