30 ago Avenida Beira-mar continental de Florianópolis, obra necessária e parada
Via não será concluída neste ano, e população fará protesto nesta semana para pedir iluminação
Mesmo incompleta, a Beira-mar Continental, no bairro Estreito, é utilizada para caminhadas de quem mora no entorno. A falta de iluminação, sinalização e segurança são motivos de reclamação dos frequentadores, que aguardam impacientes a conclusão. Com livre acesso, carros circulam pela via inacabada, mesmo na contramão. A prefeitura aponta entraves, como as desapropriações embaixo da ponte Hercílio Luz, para o atraso das obras.
Cansada de esperar, a comunidade deve se reunir na sexta-feira, as 19h, na entrada do bairro Balneário, munida de lamparinas, velas e até tochas, que serão acesas. O objetivo é pedir iluminação no local. “Precisamos de mais segurança. Não acreditamos mais nas promessas do poder público, virou uma obra eleitoreira”, critica o presidente da Associação de Amigos do Estreito, Édio Fernandes.
De acordo com Fernandes, moradores do Balenário estão preocupados com as consequências do fluxo que deve desembocar nas ruas Castro Alves e Ségio Gil, depois da conclusão das obras. “Esta região é totalmente residencial, não está preparada para receber este trânsito, não tem nem recuo para ônibus”, argumenta Fernandes.
Marli Lopes, 51, que caminha pelo local todos os dias, reclama que o local serve de refúgio para usuários de droga. “De manhã tem garrafas jogadas no chão, falta segurança e iluminação”, completa. Os carros que circulam pelo local oferecem riscos aos moradores que caminham pela via. O secretário do Continente, Deglaber Goulart, argumenta que são “os próprios moradores do bairro que tiram de noite as barreiras de eucaliptos”.
Celesc liberou pontos
Sobre a falta de iluminação pública na avenida Beira-mar Continental, a Celesc (Centrais Elétricas de Santa Catarina) informa que há 40 dias liberou os pontos e o que está faltando agora é a autorização da prefeitura para a ligação dos mesmos.
O secretário de Governo, José Nilton Alexandre, informa que, nesta segunda-feira, foram autorizados a instalação dos cabos subterrâneos que deve ficar concluído em 15 dias.
Em relação à demora questionada pela comunidade, o secretário de Obras, Américo Medeiros, observa que a avenida é complicada e teve vários entraves, como as desapropriações e as questões ambientais. “Concluindo o último trecho até a rua Machado de Assis, até o fim deste ano, poderemos liberar o trânsito. A conclusão total da obra deve ser até o ano que vem”, estima.
(Por Mônica Amanda Foltran, ND, 30/08/2011)