29 ago Moradores de Florianópolis fazem protesto por segurança no Norte da Ilha
Local escolhido foi pedágio da SC-401, para onde foram moradores de Jurerê, Ingleses, Cacupé, Canasvieiras, Daniela, entre outros bairros
Empunhando cartazes pedindo policiais nas ruas e investimentos na segurança pública, mais de 200 moradores dos bairros do Oeste e Norte de Florianópolis protestaram na manhã deste sábado (27), na praça de pedágio desativada na SC-401. A movimentação foi motivada devido a onda de crimes que atinge a região, que segundo os moradores, só cresceu após o fechamento dos Postos Policiais.
Os moradores se reuniram nos bairros, e por volta das 10h marcharam até a praça de pedágio onde se encontraram para o grande ato. Lideranças comunitárias de Santo Antônio de Lisboa, Sambaqui, Cacupé, Ratones, Daniela, Praia do Forte, Canasvieiras, Jurerê e Ingleses distribuíram uma carta aos motoristas que passavam pelo local. “É evidente que estamos no limite. A única coisa que temos a dizer é chega! Chega de descaso e abandono. Queremos ação, não queremos palavras”, desabafou o diretor do Conseg (Conselho de Segurança) de Jurerê/Daniela/Ratones/Forte.
Os moradores montaram um palanque improvisado, em meio a rodovia, e cobraram a contratação de mais policiais e investimentos em segurança. A promessa dos moradores, caso não sejam implantadas melhorias, é fazer uma manifestação em frente a residência do governador, na Agronômica.
O vice-presidente da Aprasc (Associação dos Praças de Santa Catarina), Manoel João da Costa, alertou para a falta de investimentos do governo na contratação de policiais. “O número de policiais reduziu consideravelmente. Há alguns anos, trabalhávamos com 40,50 policiais para região do Norte da Ilha e tínhamos 30 mil pessoas, atualmente temos 40 policiais e a população na baixa temporada chega a 160 mil”, afirmou. “Hoje, a criminalidade aumentou muito, enquanto nós trabalhamos com pistola os bandidos estão armados com fuzil”, reclama Costa.
Na sexta-feira, moradores do distrito de Santo Antônio de Lisboa entregaram uma carta ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardoso, que estava na região para o lançamento da campanha de desarmamento.
O trânsito na rodovia não foi interrompido.
(Por Fábio Bispo, ND, 29/08/2011)