23 ago Começa a restauração do Mercado Público
Obra na ala sul vai durar cerca de seis meses, mas o atendimento ao público não será interrompido
A empreiteira JK Engenharia começou a montar o canteiro de obras para a restauração da ala sul do Mercado Público de Florianópolis, que há 22 anos não passava por intervenção. A obra será realizada em cerca de seis meses ao custo de R$ 1,3 milhão, com a modernização das redes elétrica e hidráulica, readequação do sistema de segurança contra incêndio, reforma do telhado e piso.
O gerente do Mercado, José Roberto Leal, conta que a construtora fará uma plataforma de metal para fazer a melhoria da cobertura, sem precisar fechar o prédio. Para não interromper a rotina do Mercado, conforme Leal, os operários vão trabalhar nos feriados e até a noite. A obra deve preservar o estilo original, diferente do que ocorreu com a ala norte em 2005. Por dentro, a estrutura ficou completamente descaracterizada.
– O prédio tem muitos problemas. Um dos principais é o sistema elétrico. Os fios estão soltos e podem causar um acidente. Outro é o esgoto. A tubulação é subdimencionada e acaba causando mau cheiro, mas isso vai ser resolvido com a reforma – diz.
Quem trabalha na ala sul, como o gerente da Peixaria do Chico, Marcelo Jackues, está satisfeito com a restauração, esperada há anos.
– Dias de chuva dá muita goteira. Tenho medo de que ocorra um incêndio, como aconteceu no outro lado. Aqui não tem segurança nenhuma.
O perigo persiste enquanto não for concluída a obra. Há três meses, foram colocados os extintores e mangueiras de bombeiros, mas a reserva de água não está ligada no sistema. Isso será feito durante a reforma.
A moradora do centro da cidade Norma Malheiros, de 74 anos, também gostou de ver o Mercado em obras. Nascida em Gaspar, ela lembra de quando chegou à Ilha, em 1979. O prédio era mais “ajeitado”.
– Ficou muito tempo sem ser reformado, só melhoraram o lado de lá – compara Norma com a ala norte.
Nesta etapa não haverá intervenções nas duas pontes e nas quatro torres, que foram restauradas após o incêndio da ala norte, em 2005. Mas já estão em estado de deterioração, com assoalhos descolando e paredes com mofo de infiltrações, decorrentes da falta de manutenção preventiva.
De acordo com o secretário de Obras, Luiz Américo Medeiros, quando for finalizada a licitação dos boxes, que está suspensa pelo Tribunal de Contas do Estado, será lançada a segunda fase da obra. Nela será feita a divisão dos espaços conforme o novo mix de Mercado e novamente serão restauradas as torres.
(Por Roberta Kremer, DC, 23/08/2011)