14 nov Setor turístico acredita numa boa temporada
Mais uma temporada de verão está chegando, com a perspectiva de movimentar a capital e gerar emprego e renda. Empresários do setor acreditam em manter ou conseguir um pequeno crescimento em relação ao excelente resultado do período de 2006/2007, quando a cidade recebeu cerca de 1,8 milhão de turistas, segundo dados da Secretaria de Turismo de Florianópolis (Setur).
O vice-presidente do Sindicato dos Hotéis, Bares e Restaurantes de Florianópolis (Shbrs), Stanislau Emílio Bresolin, estima que o Norte da Ilha chega a representar até 80% do movimento turístico do verão, o que equivaleria a perto de 1,4 milhão de visitantes. Ele estima uma lotação dos hotéis em torno de 70% a 80%, que é considerado um resultado excelente. “Iremos considerar a temporada boa se mantivermos os mesmos níveis do ano passado”, analisa Bresolin. Na avaliação dele, os atrativos naturais do Norte estão em boas condições, mas é preciso melhorar a infra-estrutura da região, principalmente o fornecimento de água e energia elétrica, referindo-se ao temor de possíveis “apagões” na região.
A principal preocupação do setor é com relação aos turistas argentinos, que respondem por mais de um terço do movimento total da cidade. O vice-presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis de Santa Catarina (ABIH/SC), Luciano Schroeder, proprietário do Hotel Moçambique, em Canasvieiras, lembra que o valor do dólar está baixo e as agências locais negociam com os visitantes do Mercosul na moeda norte-americana. “Com isso, os preços não são atrativos para os turistas de lá”, reforça o vice-presidente da ABIH/SC.
Outro fator que causa apreensão é a realização do Carnaval no início de fevereiro, o que costuma encurtar a estadia dos veranistas brasileiros. No entanto, Schroeder acredita que, como na temporada anterior, o Sul do País poderá ser beneficiado indiretamente pelo problema dos constantes atrasos nos vôos dos aeroportos brasileiros, o chamado “caos aéreo”. Embora o problema não esteja nos mesmos níveis do ano passado, ele considera provável que os turistas de outros estados, como São Paulo, prefiram viajar de automóvel ou ônibus para o sul ao invés de incomodar-se com as longas esperas nas salas de embarque dos aeroportos por vôos para locais mais distantes.
(Alexandre Winck, Folha do Norte da Ilha, 14/11/2007)