17 ago Imóveis em alta na Capital
O presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon) da Grande Florianópolis, Hélio Bairros, comemora os resultados.
– Pelas obras que estão iniciando, em andamento ou em fase de conclusão, imaginávamos que o número de contratações se manteria. Mas o resultado superior reforça como a região está passando por uma transformação positiva – avalia.
Bairros acredita que ainda há muito espaço para crescer e que não existe o risco de uma “bolha imobiliária” porque empresários e o governo continuam investindo no setor. Ele também destaca o déficit habitacional em SC, que chega a quase 300 mil unidades imobiliárias, e a valorização dos imóveis no Estado, entre 17% e 20% por ano na última década.
A preocupação fica por conta da indústria de transformação. Para o diretor de Relações Institucionais da Federação das Indústrias de SC (Fiesc), Henry Quaresma, o aumento das importações, o gesto do governo federal em tentar frear o consumo – para conter a inflação – e a crise internacional que está prejudicando as exportações contribuíram para o fraco resultado dos sete meses.
– A tendência a partir de agora é ficarmos neste patamar, com a acomodação na geração de empregos. Poderemos ter uma variação pequena, para cima ou para baixo – avalia.
De acordo com o diretor da Fiesc, o resultado nos próximos meses vai depender de algumas safras na agricultura, das novas coleções dos têxteis e da possibilidade de algum novo investimento no Estado. Mas a tendência é de que os empregos na indústria não variem muito, já que as empresas devem esperar por uma definição melhor da crise mundial para avaliar os próximos investimentos.
– O importante é que não tivemos nada forte em relação às demissões. Por sermos um Estado muito industrializado, sentimos por aqui mais rapidamente as mudanças que afetam a economia interna e externa.
(DC, 17/08/2011)