02 ago Sem previsão para reabrir o Palácio Dias Velho
Prefeitura da Capital assinou ontem contrato para prospecções arqueológicas no Palácio Dias Velho
O plano de transformar em museu o prédio da antiga Câmara de Vereadores da Capital já tem quatro anos. Mas ainda não há previsão de quando o Palácio Dias Velho poderá ser reaberto ao público.
Ontem, foi assinado o contrato com a empresa vencedora da licitação – a Sapienza – que vai receber R$ 26,3 mil para realizar, em até 60 dias, oito prospecções arqueológicas no piso térreo da construção, datada do século 18. Com as perfurações, será possível saber se por baixo do prédio existiu mesmo uma prisão, como registram estudos históricos.
Segundo a arquiteta do Serviço do Patrimônio Histórico (Sephan), Suzane Alberns Araujo, independente do resultado das prospecções, no próximo dia 31 será apresentado à prefeitura o projeto de restauração.
A recuperação – que deve durar um ano – será feita junto com a transformação do local em museu, trabalho que envolverá a Universidade Federal de Santa Catarina.
Caso sejam encontrados sinais da cadeia subterrânea, podem ocorrer alterações em pontos do projeto e no prazo de término da recuperação.
O contrato com a ONG DiverSCidade foi suspenso há um ano, porque não havia passado por licitação. A responsabilidade voltou ao Instituto de Planejamento Urbano de Florianópolis (Ipuf).
A equipe que coordena os trabalhos tem uma arqueóloga, uma arquiteta e um desenhista. A obra sofreu novo atraso no início do ano por problemas administrativos que afetaram o repasse de verbas.
– É preciso reconhecer a importância do prédio. Ele pode dizer até em que ponto evoluímos administrativamente – diz Vera Lúcia da Silva, diretora de Planejamento do Ipuf.
Se esta evolução fosse medida pela agilidade do poder público em viabilizar as pesquisas e a restauração, a resposta não seria otimista.
A prefeitura pediu ao Ministério Público uma extensão dos prazos para o término das obras, previstos em um termo de ajuste de conduta. O prefeito Dário Berger não foi encontrado para comentar o caso.
(DC, 02/08/2011)