31 out Empresários avaliam saídas para trânsito
Florianópolis tem uma das maiores frotas de automóveis por número de habitantes do Brasil. Ao mesmo tempo, por ter grande parte de seu território localizado em uma ilha, apresenta limitações geográficas. Tudo isso somado ao fato de contar com um transporte coletivo tido por muitos como ineficiente e não investir em outros meios de transporte alternativos, faz com que o trânsito da Capital se torne cada vez mais complicado.
O sistema viário da região é o tema de hoje do Pensando a Cidade, evento promovido pelo Sindicato da Indústria da Construção Civil da Grande Florianópolis (Sinduscon), por volta das 19 horas, no auditório da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc), no Itacorubi.
O presidente do Sinduscon da Grande Florianópolis, Helio Bairros, explica que o evento procura abordar temas relevantes para a cidade, seja do ponto de vista urbanístico ou de infra-estrutura.
Segundo ele, o trânsito é hoje uma das questões que mais preocupa os moradores da Capital. “É um problema que se não for devidamente tratado, gerará um situação bastante difícil”. Para debater o tema foram convidados o presidente do Departamento Estadual de Infra-estrutura (Deinfra), Romualdo França, o presidente da Câmara de Vereadores, Ptolomeu Bittencourt (DEM) e a coordenadora do grupo Ciclo Brasil/Udesc/Viaciclo, Giselle Nocetti.
Urbanização atinge as rodovias
Romualdo França vai abordar a interferência urbana nas rodovias estaduais. Existem mais de 130 quilômetros em Florianópolis. Segundo França, o crescimento urbano causou problemas como falta de acostamento e riscos para pedestres e ciclistas. “É preciso entender estas rodovias como vias urbanas e dar o tratamento adequado, como passeios e ciclovias.
França cita como crítica a situação da SC-403. Outro ponto complicado é a faixa de comércio instalada ao longo da SC-406, na Armação do Pântano do Sul. “Na SC-401, a cada 100 metros temos um acesso, sem condições para via marginal, calçada ou ciclovia”, completa.
Outro problema são os gargalos do trânsito. O principal é a entrada e a saída da Ilha. As vias se afunilam em quatro pistas das pontes, gerando congestionamentos. Neste contexto, destaca-se ainda a necessidade de duplicação da Via Expressa (BR 282), que já não comporta mais o volume de veículos. A rua Deputado Antônio Edu Vieira, no Pantanal, é outra via já saturada. A SC-405, no Rio Tavares também não absorve mais o tráfego.
(Natália Viana, A Notícia, 31/10/2007)