14 jun Santo Antônio em festa
Semana dedicada à cultura açoriana movimenta o charmoso bairro da Capital
A Semana de Cultural de Santo Antônio de Lisboa foi aberta oficialmente ontem, dia em que o santo que lhe dá nome é festejado, mas é a partir de hoje que serão realizadas várias atividades, abertas ao público e, na maioria, gratuitas. O bairro charmoso, de ruas de pedras e casarios históricos açoreanamente alinhados, remete ao tempo de calmaria da Ilha. Para mostrar os encantos do local, está prevista uma programação que vai até domingo.
O evento, que existe desde a década de 1980, é organizado pela Associação Cultural Baiacu de Alguém e pela Associação dos Moradores de Santo Antônio de Lisboa. Hoje, uma exposição de cerâmica com obras de oleiros locais, do Estúdio de Cerâmica Vineli, será inaugurada às 20h. Logo após, no Espaço Vinho e Arte, um quarteto lírico cantará na abertura de outra exposição, Isto é Lá com Santo Antônio, que reúne peças de artesanato. O grupo composto por Rute Gebler, Schafer Junior, Claudia Todorov e Geovane Pacheco integra o Estúdio Vozes. Rendeiras do Sambaqui participarão da apresentação, numa manifestação cultural típica da Ilha de Santa Catarina, e também mostrarão seus trabalhos, que estarão à venda no local.
Alguns restaurantes locais se reuniram para oferecer amanhã o Menu Santo, conjunto que inclui entrada, prato principal e sobremesa (cada restaurante com o seu prato específico da promoção). Bate Ponto, Cantinho da Ostra, Espagueteria Santo Antônio, Freguesia, Marisqueira Cintra, Rosso Restro, Pé na Areia, Vila do Porto e Vinho e Arte são as casas participantes desta Noite Gastronômica. O Menu Santo custará R$ 39 por pessoa.
Na quinta-feira, o Cine Clube Pescadores de Cultura exibirá o filme Santo Antônio – Guerreiro de Deus, às 19h30min.
A terceira edição do Festival Gastronômico com Comidas Típicas de Santo Antônio de Lisboa, com participação da Professora Silvana Graudenz Müller, será realizada na sexta-feira. Silvana realizou tese de Mestrado sobre as comidas típicas locais e, no evento, ela e seus alunos do Instituto Federal de Santa Catarina (IF-SC) produzirão alguns desses pratos, que incluem linguiça e berbigão, por exemplo. A capacidade de recepção do evento é de 200 pessoas, e o ingresso pode ser comprado a R$ 35, no salão paroquial da Igreja Nossa Senhora das Necessidades.
No sábado, boa música, poesias, boi-de-mamão e feiras de artesanatos estarão na Praça Roldão da Rocha Pires. No domingo, a peça Causos de Francolino promete animar o público resgatando lendas registradas pelo historiador Franklin Cascaes. A Oficina Ponto de Cultura será neste dia também, às 17h, na sede da Associação Baiacu de Alguém, finalizando a semana cultural.
(Por Karin Barros, DC, 14/06/2011)
Fé, orações e simpatias
Ontem foi o dia de homenagear Santo Antônio, o intercessor mais popular do Brasil. Invocado em orações e simpatias para encontrar noivos ou algum objeto perdido, o protetor dos pobres é padroeiro de muitas igrejas em Santa Catarina.
Entre elas, a Paróquia Santo Antônio, no Centro da Capital, onde foi realizada uma procissão e uma festa na noite desta segunda-feira.
O festejo encerrou a trezena de Santo Antônio, uma novena de 13 dias consecutivos. A confraternização reuniu cerca de mil pessoas. No evento, foram comercializados quitutes de festa junina, como quentão, pinhão e cachorro-quente.
As celebrações a Santo Antônio são realizadas em 13 de junho, porque foi nesta data que ele morreu, no ano de 1231, a caminho de Pádua, na Itália. De família de posses, Antônio largou tudo para ingressar em um convento augustino aos 15 anos. Depois, ingressou na Ordem dos Franciscanos, que pregava a humildade e a devoção. Foi aí que ele mudou de nome; antes se chamava Fernando de Bulhões.
– Ele foi célebre nos sermões sobre o Evangelho, na França e na Itália. Anos após sua morte, seu corpo foi exumado. A língua estava intacta e permanece na Basílica de Santo Antônio de Pádua. Isso é um sinal por ter sido um grande pregador da palavra de Deus – diz frei Gunther Max Walzer.
A missa de Santo Antônio na igreja do padroeiro, no Centro de Florianópolis, é realizada todas as terças-feiras, às 18h. No final da celebração são entregues os pãezinhos do protetor dos casais e dos pobres.
– É uma forma de lembrar da importância de repartir o que temos – explica Walzer.
(DC, 14/06/2011)