Rodoanel depende de licença ambiental do Ibama

Rodoanel depende de licença ambiental do Ibama

O governo federal vai tentar obter as licenças ambientais junto ao Ibama com a ajuda da bancada catarinense e dos prefeitos da região

As obras do rodoanel de Florianópolis não evoluíram devido à falta de licença ambiental do Ibama, que não foi obtida pelo Ministério dos Transportes até hoje. A informação é do ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, que recebeu ontem, para mais uma audiência, o coordenador do Fórum Parlamentar Catarinense, deputado Edinho Bez (PMDB) e os prefeitos de Florianópolis, Dário Berger (PMDB), de São José, Djalma Berger (PSB), e de Biguaçu, José Deschpams (PP).
O governo federal vai tentar obter as licenças ambientais junto ao Ibama, com a ajuda da bancada catarinense e dos prefeitos da região da Grande Florianópolis, dentro de 30 dias.

Caso não seja possível, os prefeitos e parlamentares vão buscar as licenças junto à Fatma (Fundação do Meio Ambiente), explicou Edinho Bez. Além de pedir agilidade para o rodoanel, os prefeitos solicitaram o investimento em obras menores, que poderão ajudar a mobilidade urbana da região, enquanto as obras do rodoanel, que são de longo prazo, não têm início. “Ficou acertado que estas obras só serão priorizadas se isto não significar prejuízos para o rodoanel”, disse Edinho Bez

Na próxima terça-feira os prefeitos da Grande Florianópolis e a bancada do Estado vão se encontrar com o presidente do Ibama, Curt Trennepohl. “A alça de contorno da BR-101, na Grande Florianópolis, era para ter sido construída quando a parte norte da rodovia foi duplicada. O contrato determinava que o também chamado rodoanel ficasse pronto em 2012, mas a Agência de Transportes Terrestres (ANTT) esticou o prazo para 2015. Precisamos ter uma posição definitiva, pois é uma obra extremamente urgente, que reduzirá o congestionamento dentro dessas cidades”, explicou Edinho.

Para o prefeito de Palhoça, Ronério Helderscheidt, que não pode comparecer à reunião em Brasília, porque perdeu o voo devido a um engarrafamento na saída de seu município, a prioridade neste momento são as obras suplementares. “São obras mais simples, mais baratas, melhores com resultados a curto prazo. Era esta a proposta que eu iria defender”. Ronério defende que se espere estes 30 dias para buscar a licença com o Ibama e mais um prazo de seis meses para que as obras do rodoanel tenham início, antes de que se tomem medidas drásticas, como acionar o Ministério Público Federal ou o TCU (Tribunal de Contas da União).

(Por Rose Ane da Silveira, ND, 28/04/2011)