Avenida Paulo Fontes: Com educação, não há confusão

Avenida Paulo Fontes: Com educação, não há confusão

Da coluna de Carlos Damião (ND, 17/03/2011)
A reabertura da avenida Paulo Fontes conduz a uma reflexão: por que pedestres não respeitam sinaleiras?
Não houve, a rigor, grandes traumas na reabertura da avenida Paulo Fontes ao tráfego de veículos. O que vimos nesta quarta-feira (16) foi o de sempre: pedestres querendo atravessar a faixa mesmo com a sinaleira específica fechada para passagem. Esse problema não é de agora, é antigo e não acontece apenas na Paulo Fontes. Há uma grande confusão entre pedestres quanto à preferência diante dos veículos. Isso é verdadeiro até que exista uma forma de organizar o trânsito. Justamente: a sinaleira é uma maneira disciplinar o tráfego de veículos e de pessoas em pontos da cidade em que tal se faz necessário. Se cada um fizer a sua parte certinha, sem prejudicar o outro, não haverá incidentes, nem atropelamentos ou situações estressantes. Tudo vem de uma premissa básica: educação. Quando há educação, não há confusão.
Mobilidade
Para quem não entendeu o que escrevi, quanto à avenida Paulo Fontes ser “fundamental para a mobilidade urbana”: desde que a via foi fechada, a circulação rumo ao Sul da Ilha exigiu o cumprimento de um novo trajeto, mais longo, penoso e dispendioso. Além do que, para chegar ao Centro os motoristas passaram a dispor de apenas uma alternativa: a estreita Rua Padre Roma.
Carga dobrada
O fechamento da Paulo Fontes, em outubro de 2009, prejudicou também o tráfego nas avenidas Beira-mar Norte e Rio Branco, que passaram a receber uma carga dobrada de veículos. E isso não é ser fundamental à mobilidade urbana? Que me desculpem os leitores que criticaram, mas como observador do cotidiano da cidade não posso deixar de apresentar esses argumentos.
Solução
Uma maneira de diminuir o número de pedestres circulando pela área da Avenida Paulo Fontes é transferir linhas do Ticen para o Terminal Cidade de Florianópolis, que está às moscas há pelo menos quatro anos, desequilibrando o fluxo de passageiros de ônibus pelo Centro e prejudicando o comércio de seu entorno.
Sem obras
A prefeitura decidiu reativar linhas para o Cidade de Florianópolis, o Ministério Público fez exigências urbanísticas, mas até agora não se vê nada de obras no antigo terminal. Aliás, além dos poucos passageiros que circulam pelo equipamento, o que se vê no local são cães vadios, moradores de rua e viciados em crack ocupando o espaço.