27 fev O dilema da “cidade turística”
Da coluna Ponto Final, por Carlos Damião (ND, 27/02/2011)
Florianópolis precisa começar uma discussão séria sobre seu futuro: talvez seja preciso controlar sua visibilidade
As opiniões sobre a relação de Florianópolis com a atividade turística são sempre conflitantes e mais do que polêmicas. Há grupos que entendem a questão do ponto de vista clássico do liberalismo, ou seja, a autorregulação do mercado. Em outras palavras, cada um por si e Deus por todos. Mas há os que consideram o problema com reservas. O médico Clóvis Montenegro de Lima, que lê esta coluna – via web – no Rio de Janeiro, observa: “Floripa tem visibilidade demais, inclusive com imagem falsa. Precisa reduzir nível de atividade turística, para suportá-la”. Entre uns e outros está o poder público, que precisa definir políticas claras para Florianópolis, limitando o que parece excessivo e, principalmente, qualificando o setor. Já dissemos aqui: a cidade tem uma capacidade de carga. E a hora de estudar esse assunto com seriedade e determinação é esta. O que vimos no final de dezembro e no início de janeiro não parece ser o nosso ideal de “cidade turística”.
Seriedade
Não somos, definitivamente, território livre para o exercício de exibicionismo dos novos ricos e dos “empresários” de ocasião, aqueles que, ao invés de contribuírem para a nossa qualidade de vida, pensam apenas em suas caixas registradoras, deixando um rastro predatório de omissão e descaso. Chega! Florianópolis precisa se transformar numa cidade séria!