Casas condenadas na comunidade do Papaquara são demolidas

Casas condenadas na comunidade do Papaquara são demolidas

Moradias da comunidade Papaquara, do Norte da Ilha, foram afetadas por enchentes e o local foi considerado inabitável
A demolição de 43 casas da comunidade Papaquara, no Norte da Ilha, em Florianópolis, começou a ser feita por volta das 9h de ontem. As residências haviam sido atingidas por enchentes no dia 21 de janeiro e o local foi considerado inabitável pela Defesa Civil.

De acordo com o diretor de Habitação da Secretaria de Habitação e Saneamento Social, Américo Pescador, as 43 famílias que viviam próximas ao Rio Papaquara receberam um auxílio de R$ 10 mil da prefeitura, além de um aluguel social no valor de R$ 400 durante seis meses. Outras 11 famílias que, segundo o diretor, não estavam no cadastro da prefeitura por terem chegado à comunidade depois da ocorrência das enchentes, terão direito apenas ao aluguel social por seis meses.

Até o fim do dia de hoje, as equipes da prefeitura devem retirar cerca de cem toneladas de entulho do local, distribuídos em 60 caminhões. Após a limpeza da região, funcionários da Fundação Municipal do Meio Ambiente (Floram) farão a recuperação da área ambiental degradada.

Durante a operação da manhã de ontem, foi encontrado um colete à prova de balas, que foi entregue à polícia. Há suspeitas de que o objeto pertenceria a um foragido da polícia do Paraná, que estava na comunidade até o final de janeiro.

Após as enchentes, as famílias do Papaquara foram alojadas no ginásio da Escola Estadual Jacó Anderle, em Canasvieiras, onde permaneceram até o dia 7 de fevereiro, quando começaram as aulas na rede estadual de ensino. O casal Jandira Menezes, 62 anos, e Luiz Alberto Pereira, 64 anos, morava havia cinco anos na comunidade do Papaquara. Desde que saíram da escola, eles alugam uma casa no Bairro Vargem Grande.

– Quando comprei o terreno em Papaquara tive de vender uma carroça e vários animais. Achei certa a destruição das casas, mas não tiveram muita consideração com a gente, tem pessoas que até agora estão na rua, vivendo em condições precárias – disse Pereira.

Ele afirmou ainda que cerca de metade das famílias ainda não recebeu a indenização da prefeitura.

De acordo com o diretor Américo Pescador, apenas duas das 43 famílias ainda não receberam o valor de R$ 10 mil por não apresentarem os documentos necessários para a abertura de conta em banco.

Sobre as condições em que vivem as famílias atualmente, o diretor afirmou que não tem conhecimento, pois não houve acompanhamento após a saída dos moradores do ginásio da escola.

(INGRID SANTOS, DC, 18/02/2011)

Prefeitura executa as últimas demolições no Papaquara

Foram demolidas todas as casas interditadas pela Defesa Civil do Município após o alagamento registrado em janeiro deste ano.

A Prefeitura da Capital realizou a demolição de todas as casas interditadas à beira do rio Papaquara. No total, 43 construções foram demolidas. Existe a previsão de retirada de aproximadamente 1020 toneladas de entulho.

Os trabalhos são acompanhados por representantes da Companhia de Melhoramento da Capital (COMCAP), Secretaria Municipal de Habitação e Saneamento Ambiental (SMHSA), FLORAM e Defesa Civil.

“Não vamos mais permitir nenhuma ocupação irregular, a fiscalização será intensificada”, comentou o secretário executivo de serviços públicos, Salomão Matos Sobrinho. A ação ocorreu com o consentimento dos moradores, que e deixaram o local após as fortes chuvas registradas no final de janeiro e negociaram a retirada diretamente com técnicos da SMHSA.

Segundo Sobrinho, a Prefeitura já indenizou todas as famílias e disponibilizou o aluguel social. Durante os trabalhos, funcionários da COMCAP localizaram um colete balístico que teria sido escondido na região por criminosos.

De acordo com o do Batalhão de Choque da PM, que recolheu o colete balistico, traficantes sempre incomodaram os moradores da localidade. A retirada das casas, que formavam diversos becos, vai facilitar a ação e a chegada da Polícia, mudança que resultará em mais segurança para a localidade.

Ao final da limpeza o próximo passo será a recuperação ambiental de toda a área pela FLORAM. O projeto contemplará a limpeza do rio Papaquara e a recuperação da áerea degradada.

(PMF, 17/02/2011)

A GMF coloca Efetivo na Comunidade do Papaquara

A Guarda Municipal de Florianópolis estará presente a partir do dia 14/02/1980 das 07h00min as 19h00min, em apoio ao trabalho realizado pela Defesa Civil Municipal, Secretaria Municipal de Segurança e Defesa do Cidadão, Secretaria Municipal da Habitação e Saneamento Ambiental, Floram, Instituto de planejamento Urbano, enquanto das realizações da remoção das Famílias do Local na Comunidade do Papaquara, para posterior a demolição das casas, conforme acordos realizados entre a Prefeitura Municipal de Florianópolis e moradores locais.

(PMF, 18/02/2011)