15 fev Florianópolis sedia competição de barcos movidos a energia solar
Desafio Solar Brasil. Alunos da Ufsc participam com barcos modelo catamarã
Uma competição de barcos, poderia ser apenas mais um evento na cidade, se não fosse incrementada com um ingrediente, um tanto quanto peculiar – a sustentabilidade. Florianópolis, pela primeira vez, está sediando uma corrida de barcos movidos a energia solar. Projetado e montado por alunos da Ufsc (Universidade Federal de Santa Catarina), a equipe Vento Sul da Capital e a Babitonga, do campus em Joinville, participam da disputa que tem o objetivo de divulgar a utilização da energia limpa e estimular o desenvolvimento da tecnologia.
O evento, que começou no domingo (13), na Lagoa da Conceição é mais uma edição do Desafio Solar Brasil. Os barcos, movidos a energia solar, partem da lagoa em frente ao LIC (Lagoa Iate Clube). No domingo, as nove equipes que participam da competição apresentaram seus projetos e realizaram as últimas inspeções. O Desafio Solar segue até o próximo dia 19.
“O objetivo é divulgar o uso da energia solar como fonte alternativa. É incrível a reação das pessoas quando conhecem a tecnologia”, avalia Mateus Vicente, que faz parte da organização do Desafio Solar Brasil. “Se captássemos a energia solar da terra inteira durante uma hora, conseguiríamos suprir a necessidade de energia elétrica da terra durante um ano”, cita Vicente.
Para Allan Reid, do Instituto Náutico Parati Solar, do Rio de Janeiro, com as competições, além da divulgação da utilização de energia solar, os modelos de embarcações, estão cada vez mais sendo aprimorados. “Comercialmente ainda é caro. Na Holanda, por exemplo, já existe mais investimento e as tecnologias estão mais evoluídas”, avalia.
A edição brasileira do evento surgiu após a participação da equipe da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) na edição do Frisian Solar Challenge, em 2008. O barco, batizado de Copacabana fechou a em sétimo lugar na classificação geral, entre 49 participantes.
Catarinenses são veteranos
Com um barco construído com algumas peças adaptadas e com o apoio da universidade, a equipe Vento Sul já é veterana na competição. Os alunos da Ufsc, em 2009 participaram pela primeira vez, na etapa Parati, no Rio de Janeiro.
“Ano passado participamos na Holanda, com um barco que produzimos de fibra de carbono e alta tecnologia”, lembra o organizador da equipe Tássio Simioni. O barco modelo catamarã (com dois cascos) que será usado na competição deste ano, é equipado com um motor elétrico alimentado por painéis solares. Estes estão associados a um banco de duas baterias, carregadas quando o barco está parado ou em regime de insolação, que gera energia além da potência do motor.
Dessa forma, as baterias podem suprir a demanda do motor em caso de tempo ruim ou nublado. O tempo de duração é relacionado com a velocidade do barco, que pode durar de 2 a 4 horas.
(Por Mônica Amanda Foltran, ND, 15/02/2011)