07 fev Obra do elevado no Trevo da Seta pode ter atraso
As obras do Trevo da Seta podem ser prorrogadas novamente. Por causa do tempo ruim e do solo da região, os trabalhos foram prejudicados e elevado corre o risco de não ficar pronto até o fim de março.
Na quinta-feira, uma escavadeira hidráulica da empresa Sul Catarinense, que retirava o solo mole de onde é feita a terraplanagem para a conclusão do elevado, acabou afundando um metro e meio e ficou presa em um buraco.
Por causa do incidente, o trânsito precisou ser interrompido por alguns momentos enquanto um guincho tentava retirar a máquina, ainda na noite de quinta-feira.
A escavadeira só foi retirada no início da tarde de ontem. As filas na região chegaram a cinco quilômetros, pois os carros não podiam passar nas tentativas de retirada da máquina.
De acordo com o secretário de Obras do município, Luiz Américo Medeiros, o local onde é construído o elevado era um mangue e o solo que está abaixo do aterro, onde ficam as construções da região, precisa ser retirado até a profundidade de três metros, para que o elevado possa suportar o peso do carros.
O próximo passo da empreiteira reponsável é colocar pedras no lugar do solo mole. Nessa operação, por um descuido do operador, segundo o secretário, a máquina acabou afundando um metro e meio.
Solo não estava preparado para sustentar a estrutura
Ele explica que o incidente não interfere no projeto das obras. Logo outra máquina terminará de retirar o material restante.
Um estudo feito após o início da obra, em 2009, apontou que o solo no local não estava preparado para sustentar o elevado.
A descoberta do problema provocou atrasos no andamento dos trabalhos. Alguns pontos receberam uma camada de pedras e outros tiveram a camada ruim removida e substituída por uma de terra melhor para a sustentação.
A obra do elevado do Trevo da Seta custará R$ 16 milhões, sendo R$ 4 milhões da prefeitura e o restante do governo do Estado. O elevado terá 340 metros de comprimento e capacidade para 35 mil mil veículos por dia.
(DC, 05/02/2011)
Chuvas podem atrasar obras no elevado Trevo da Seta
Prazo pode ser ampliado até fim de março
Com expectativa frustrada de concluir as obras do elevado do Trevo da Seta, no Sul da Ilha, em dezembro de 2010, agora até o prazo previsto para março, pode ser prorrogado. De acordo com o secretário de Obras de Florianópolis, Américo Medeiros, em virtude das constantes chuvas o cronograma de conclusão pode ser ampliado até o fim de março. De acordo com Medeiros, a equipe trabalha agora no alargamento das pistas do sistema viario e finaliza detalhes de acabamento no elevado.
Durantes as obras, uma escavadeira atolada na obra do Trevo da Seta causou transtornos ontem no trânsito da SC-405, no Rio Tavares, Sul da Ilha. “Estávamos retirando o solo mole dessa área para poder colocar pedras e alargar a pista atual. A máquina, que normalmente afunda um pouco e volta, não conseguiu voltar”, explica o engenheiro de segurança do trabalho da Sul Catarinense, empresa responsável pela construção do elevado, Adonis Maccari.
Ninguém se feriu no acidente, mas o operador de máquinas que estava em cima da escavadeira, Luiz Henrique Fernandes, conta que tomou um susto. “De repente, senti a terra cedendo. Ainda bem que foi só o apavoro mesmo”, diz.
Foi preciso um guindaste para fazer a retirada da escavadeira. Para que a operação fosse realizada com segurança, a energia elétrica foi desligada no Rio Tavares. A máquina foi retirada no começo da tarde de ontem.
Por conta da movimentação de terra, um poste da Celesc (Centrais Elétricas de Santa Catarina) que ficava ao lado da obra ficou solto e um guindaste foi colocado para segurá-lo. “Vamos aterrar o local novamente e reforçar a base do poste”, afirma o engenheiro elétrico da Sul Catarinense, José Luiz Brandy.
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Poste tomba na SC-405
Para piorar a situação na SC-405, um outro poste tombou e ficou pendurado pelos fios depois que um caminhão bateu nele perto do trevo do Rio Tavares. O trânsito ficou interrompido por cerca de uma hora. “Foi um caos. Tinham ônibus largando passageiros antes e depois dos postes e dando a volta para retornar ao centro e ao bairro”, conta o cabo da Polícia Rodoviária Estadual Carlos Quadros, que controlou o tráfego no local.
Funcionários da Celesc resolveram o problema parcialmente ainda antes do almoço, mas devem voltar a local no domingo para trocar o poste. O bairro do Rio Tavares ficou sem luz até o meio da tarde.
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Solo Mole
O atolamento da escavadeira hidraulica as margens da rodovia 405, no Sul da Ilha, levanta a polêmica que já noticiada aqui no Notícias do Dia, em dezembro. Durante as obras no elevado doTrevo da Seta, foram detectados alguns pontos de solo “mole” que não estavam previstos no projeto inicial. Na ocasião o secretário de Obras, Luiz Américo Medeiros, disse que “com a desapropriação das casas, descobrimos mais deste problema, que não teria como prever antes, pois o solo estava embaixo das construções. Agora já fizemos o preenchimento com pedras”, destaca Medeiros. O secretário de Governo, José Nilton Alexandre disse também que o problema no solo se concentra no lado norte da cabeceira da ponte. “Na urgência em realizar o projeto foi feita uma primeira sondagem. Mais tarde, com uma segunda perfuração, mais profunda, foram detectados solo mole em alguns pontos”, explica.
Agora mais uma vez o problema aparece durante as obras nos acessos para o elevado. O secretário Medeiros disse que o problema foi dimensionado no projeto e que este tipo de solo é uma característica de toda a região do entorno. “O que aconteceu foi um acidente normal de obras e que já foi resolvido. O solo mole está sendo removido e preenchido com pedras e solo de qualidade”, explica.
De acordo com o geólogo João Gre existem dois tipos de solo mole. Um que pode ser formado por uma argila úmida e outro por um acúmulo de matéria orgânica de restos de vegetal em decomposição. “É preciso fazer um estaqueamento, uma fundação profunda, para que com o passar dos anos, o solo mole não cause danos a estrutura”, alerta o geólogo.
(Mônica Amanda Foltran, ND, 05/02/2011)