Parte de Sambaqui e Córrego Grande, em Florianópolis, está sem água

Parte de Sambaqui e Córrego Grande, em Florianópolis, está sem água

Reclamações sobre irregularidades no abastecimento feito pela Casan têm sido frequentes neste verão

Problemas no abastecimento de água pela Casan (Companhia Catarinense de Águas e Saneamento) têm sido uma reclamação constante entre moradores de algumas comunidades da Capital. O Notícias do Dia já relatou protestos de pessoas que moram em Santo Antônio de Lisboa, Sambaqui, Monte Serrat, Agronômica, Monte Verde e agora no Córrego Grande. Todas enfrentam irregularidade no abastecimento neste verão. Em todas as matérias, a reportagem tem encontrado dificuldade de obter um posicionamento oficial da empresa.

Moradora do Sambaqui, Rosane Cardoso Ramos, sofre com a falta d’água há cerca de 15 dias. “Quando vem, vem bem fraquinha. A reserva na minha caixa está acabando hoje (sexta-feira)”, conta. Segundo Rosane, os vizinhos já estão cansados de ligar para a central da Casan. “Eu liguei hoje e eles me disseram que não havia nenhum registro de reclamação no Sambaqui e os meus vizinhos já tinham ligado nesta semana. Pedi um caminhão-pipa e me informaram apenas que virá em 24 horas”, reclama a moradora.

Rosane conta que aproveitou a água da chuva para encher a piscina das filhas de 2 e 9 anos e usar na descarga do banheiro. “Para o banho eu uso a reserva e para a comida compro bombona. Quando falta dinheiro, fervo a água”, afirma. A moradora cedia água para os vizinhos, mas agora que o reservatório está secando não pode mais ajudar. “Todo verão é isso. Tem verão que a Casan fala que não chove, mas nesse tem chovido bastante”, contesta.

Na servidão Figueira Velha, no bairro Córrego Grande, os moradores também convivem com o problema do abastecimento. Lizandra Silva leva a roupa para lavar na casa da mãe. “Todo verão é assim. Durante o dia, não vem água. Quando vem à noite, não é suficiente e não enche a caixa. É tudo racionado”, explica. No trabalho, em um pet shop na rodovia João Pio Duarte Silva, Lizandra diz que os comerciantes vizinhos, de lavanderias e posto de combustível, por exemplo, se unem para comprar água em maior quantidade. “É um prejuízo”, desabafa.

A Casan informou apenas que o abastecimento na região do Sambaqui está normalizado, mas a pressão baixa durante a tarde. Já na servidão Figueira Velha, o fornecimento será feito com caminhão-pipa.

(Maiara Gonçalves, ND, 28/01/2011)