20 jan Responsabilidades pelos alagamentos
Da coluna Ponto Final, por Carlos Damião (ND, 20/01/2011)
População não faz a sua parte e o poder público não realiza trabalhos preventivos de limpeza e drenagem
Além das deficiências do sistema de drenagem em muitos pontos de Florianópolis, o que se viu na noite de terça-feira (18/1) foi uma quantidade impressionante de lixo e entulhos entupindo as bocas-de-lobo, indicando o pouco caso com que a cidadania trata seus resíduos. A enxurrada espalhou detritos em diversas ruas, piorando ainda mais a situação. Os alagamentos na avenida Hercílio Luz voltaram a se repetir por uma única razão: a falta de manutenção do canal que passa sob o passeio central. Os próprios moradores apontam o pouco caso oficial com o antigo rio da Bulha, que hoje é apenas o curso de um esgoto, que desce do Maciço do Morro da Cruz em direção à baía Sul. Uma limpeza periódica é indispensável para que as aberturas laterais, executadas na administração de Angela Amin, não sejam obstruídas.
Fiscalização
É necessário apoiar o poder público em suas ações que visam à retirada de famílias que moram nas áreas de risco. Os exemplos da região Sudeste – e mesmo de Santa Catarina em 2008 – devem balizar operações cada vez mais rigorosas dos órgãos públicos, como Floram, Fatma e Defesa Civil.
Sintonia
O poder público não pode se omitir em relação às catástrofes naturais. Principalmente porque as cidades não podem continuar sendo ocupadas de maneira desordenada e irresponsável. De novo, neste caso, cabe responsabilidade ao poder público, no sentido de impedir invasões e ocupações em encostas e áreas de preservação permanente.