08 nov Mobilidade
Da coluna Visor, por Rafael Martini (DC, 08/11/2010)
Secretário dos Transportes e vice-prefeito da Capital, João Batista Nunes, liga para informar que os R$ 570 mil investidos na contratação do escritório de Jaime Lerner, no início do ano, foram pagos com recursos da iniciativa privada e não dinheiro público, conforme informou este Visor, ontem (leia logo abaixo). Nunes é um defensor ferrenho da revisão de todo o sistema de mobilidade de Florianópolis. Ele quer abrir licitação para contratar uma consultoria para elaborar uma espécie de “plano diretor” da mobilidade.
MOBILIDADE SERÁ AVALIADA
Da coluna Visor, por Rafael Martini (DC, 07/11/2010)
Vira e mexe, o nome do arquiteto Jaime Lerner surge como espécie de salvador da pátria para os problemas de mobilidade urbana em Florianópolis. O secretário dos Transportes, João Batista Nunes, vai apresentar ao prefeito Dário Berger, esta semana, projeto para abertura de edital de licitação para contratar uma consultoria que elabore um “plano definitivo” sobre as questões viárias da Capital. Nunes estima um custo de R$ 5 milhões e cita o instituto do ex-prefeito de Curitiba como referência para o trabalho.
Só este ano já foram pagos R$ 570 mil para a equipe de Lerner avaliar o sistema de transporte coletivo da cidade. Sem contar o Plano Diretor do município, que deveria prever estas questões de mobilidade, mas só chegará à Câmara de Vereadores em 2011. Aliás, com apoio da Fundação Cepa, que também foi contratada para a revisão do Plano. O que será que pensa o pessoal do corpo técnico do Instituto de Planejamento Urbano de Florianópolis (Ipuf) sobre tantas consultorias?
Transporte marítimo
Da coluna de Cacau Menezes (DC, 07/11/2010)
Até a inauguração da Ponte Hercílio Luz, em 13/05/1926, a ligação da Ilha de Santa Catarina com o Continente dava-se somente por balsas e outras embarcações.
Mais duas pontes foram construídas e outras tantas serão necessárias (ou túnel abaixo do mar: Floripatúnel) sem que se vislumbre solução para a tranqueira que a todos inferniza, notadamente nos horários de pique. Palhoça saiu na frente e já está licitando o transporte marítimo.
A esfinge
Da coluna de Cacau Menezes (DC, 06/11/2010)
Os congestionamentos no acesso a Floripa são como a Esfinge egípcia. O que se passa? Afinal, mais pontes para mais carros é como cachorro que quer morder o próprio rabo. Todo dia é aquele sufoco: congestionamento na vinda, quando o sol nasce; congestionamento na saída, quando o sol se põe. É como se a Ilha fosse um imenso girassol, abrindo e fechando de acordo com a posição do astro rei. E o leitor pergunta: quem são essas pessoas que invadem a Ilha de dia e se escafedem à noite?
Se funcionários públicos, seriam federais, estaduais ou municipais? Se estudantes, seriam universitários, secundaristas ou de primeiro grau? E se forem contribuintes do interior, procurando saídas burocráticas para problemas criados pela própria burocracia? São questões importantes para resolver o problema, e, para espanto da sociedade, ninguém sabe a resposta porque, passados tantos anos de congestionamento, ninguém se lembrou de perguntar por que todos, ao mesmo tempo, entram e saem da ilha. Se a cidade não quer ser engolida pela Esfinge, vai ter que decifrá-la.