20 set Lixo eletrônico
Artigo escrito por Heitor Blum S. Thiago, presidente do Comitê para a Democratização da Informática – CDI-SC (DC, 18/09/2010)
O que fazer com um computador antigo ou um celular defeituoso? O aumento do poder de compra da sociedade tem gerado o acúmulo de toneladas de lixo eletrônico, o qual geralmente é descartado de forma indiscriminada nos lixões, contaminando o solo e os lençóis freáticos. Qual medida tomar para tentar conter o problema? Criar meios de reciclar e reaproveitar esse material. Além de prevenir diversos problemas ambientais, a reciclagem de lixo eletrônico tem o potencial de virar uma fonte de renda e empregos. Por possuírem resíduos tóxicos perigosos, capazes de comprometer o meio ambiente, esses materiais não devem ser descartados de forma aleatória. No Brasil, já são 100 milhões de toneladas/ano de resíduos eletrônicos. Na África do Sul e na China, a previsão para 2020 é de um aumento de 200% a 400% neste tipo de lixo com relação a 2007. Dados alarmantes, que indicam ações imediatas.
Preocupados com o problema, entidades como o Comitê para a Democratização da Informática em Santa Catarina (CDI-SC), Associação Comercial e Industrial de Florianópolis (Acif), Associação de Usuários de Informática e Telecomunicações de Santa Catarina (Sucesu-SC) e Associação Catarinense de Empresas de Tecnologia (Acate), além de empresas fabricantes e revendas de equipamentos eletrônicos, uniram esforços na criação do Centro de Reciclagem Tecnológica (Certec), a ser inaugurado em Florianópolis na próxima segunda-feira, dia 20.
A medida faz parte do Programa de Reciclagem Tecnológica promovido pelo CDI-SC. Computadores, impressoras, celulares, entre outros gadgets defasados, poderão ser descartados por qualquer cidadão em pontos de coleta espalhados na cidade. Com a ação, pessoas de comunidades de baixa renda serão capacitadas, recebendo formação básica em informática e desenvolvendo a aptidão em manutenção, montagem, desmontagem e reciclagem de computadores.