19 jun Preservar é a palavra de ordem no Costão
No final de maio, ocorreu o 12º Encontro dos Colaboradores do Costão, reunindo cerca de 780 pessoas durante um dia inteiro. O roteiro do evento incluiu palestras motivacionais, ecológicas e empresariais.
Fernando Marcondes de Mattos falou sobre os rumos do Costão. “E quando falamos em rumos não estamos falando de uma embarcação pequena, estamos falando de um transatlântico. Queremos inaugurar um novo período na vida do Costão”, sentenciou.
Marcondes salientou que os três pilares do Costão são o fato de a área onde está inserido ser um patrimônio natural e cultural; os equipamentos, ou seja, a infra-estrutura do resort; e as pessoas, seus colaboradores.
O Costão do Santinho prega a autonomia em cada uma de suas células. “Cada célula é uma empresa e cada responsável pela célula é o dono dessa empresa”, explica Marcondes. O empresário trabalhou ainda com conceitos distintos como “vestir a camisa” e “tatuar” a marca Costão. Depois de ser considerado por duas vezes o melhor resort de praia do país, o empresário lançou um desafio para os presentes: ter o melhor serviço do Brasil.
A presidente do Costão, Iolanda Marcondes, ressaltou a importância da apresentação pessoal, do espírito de equipe e do bom-humor. Ginástica Laboral, esquetes de humor e um cardápio especialmente preparado tornaram o evento ainda mais agradável.
Durante todo o dia, alternando com a apresentação das peças encenadas pelos colaboradores, foram proferidas palestras. Uma delas, ministrada por Walter Longo, consultor do resort e também do empresário Roberto Justus, no programa O Aprendiz.
Os vencedores das apresentações de teatro foram: Equipe Restaurante com a peça Fitness (1º lugar); Serviços Gerais, que apresentou a peça Maturidade (2º lugar); a Governança, que encenou a peça Baila Costão (3º lugar); e o setor de Eventos, que desenvolveu a peça Matsuri (4º lugar).
Preservação e oceanário – O meio ambiente, e sua preservação, foi tema da maior parte das palestras no encontro com os funcionários. O professor de Botânica da UFSC – Universidade Federal de Santa Catarina, João de Deus Medeiros, trouxe alguns dados preocupantes. Dados de 1995 já revelavam que restam somente 17,46% de Mata Atlântica bem conservados no Estado, a maior parte nas encostas da serra do mar, em locais de difícil acesso.
Quanto à emissão de gás carbônico, a maior parte proveniente dos combustíveis fósseis – petróleo – os três países que mais poluem são: USA (20 toneladas por pessoa anuais), Austrália (18 toneladas por pessoa) e Japão (9,4 toneladas por pessoa). No Brasil o número é menor, mas também preocupa. São 1,8 toneladas por pessoa, anualmente.
Também falaram sobre o meio ambiente Anita Pires, da ong FloripAmanhã e Péricles Godinho, do IAR- Insituto Ambiental Ratones, responsável pelo programa Bandeira Azul, certificação buscada pela praias do Santinho, Jurerê e Mole, em Santa Catarina.
Jules Machado Rosa Souté apresentou um projeto arrojado de implantação de um Oceanário no Costão do Santinho – uma obra de quatro pisos, incluindo um terraço panorâmico. O Oceanário tem condições de comportar a fauna e a flora do oceano, no tanque principal por reproduzir, fielmente, os parâmetros físico-químicos da água do mar. O oceanário ainda é um projeto, mas poderá ser viabilizado com verbas de entidades internacionais.
(Daniela Milidiu, Folha do Norte da Ilha, 18/06/2007)