Subserviência

Subserviência

Da coluna de Cacau Menezes (DC, 01/06/2007).

Nas novas gravações da Operação Moeda Verde divulgadas pela RBS TV no Jornal do Almoço de ontem, impressiona não o conteúdo, mas o tom de voz, o jeito servil de uma autoridade do município para com um empresário. Parecia prestação de contas de um subordinado a seu chefe. O correr das investigações vai dizer se é isso mesmo.

Pagando pra ver

Digam o que quiserem de Carlos Amastha, um dos construtores do Floripa Shopping, mas uma coisa é certa: trata-se do empresário mais corajoso que já apareceu por essas bandas. E olha que ele é coerente: muito antes de estourar o escândalo da Operação Moeda Verde, já havia denunciado esquemas de corrupção na prefeitura e na Câmara da Capital. O homem é forte, poderoso, não tem medo de cara feia e ainda vai dar muito o que falar. É do tipo que paga um boi para não entrar numa briga, mas paga uma boiada para não sair.

Em apuros

A cada dia que passa mais se complica, com a divulgação de suas conversas telefônicas grampeadas pela mídia, a situação do vereador licenciado Juarez Silveira, apontado como o líder na Operação Moeda Verde.

Se não piora a sua imagem com a Justiça, que já sabia de tudo, tanto que mandou prendê-lo, fica cada vez mais desgastado com a opinião pública, que, se o vê na rua, periga vaiá-lo. Juju vai precisar de muito papo para ser perdoado. Pelos amigos que ele comprometeu e pelos eleitores, que o elegeram para isso.