16 abr Caminhos do lixo
Da coluna Visor, por Rafael Martini (DC, 16/04/2010)
A menos que o edital para transporte do lixo seja revisto na nova concorrência pública da Capital, todos os detritos produzidos em Floripa continuarão a circular pelas ruas e avenidas com um único destino: o centro de triagem no Bairro Itacorubi. Dali, cerca de 458 toneladas seguem todas as madrugadas até Biguaçu. São 35 caminhões que percorrem, diariamente, 4,5 mil quilômetros dentro da Capital.
Os técnicos da Comcap chegaram a sugerir que, no edital de R$ 74 milhões, fosse exigido da empresa vencedora a construção de, pelo menos, mais uma estação de transbordo, no Norte da Ilha. O ideal seria mais uma no Sul e outra na parte continental. O fato é que o item não constou do edital. Os novos centros evitariam absurdos, por exemplo, como o de o lixo coletado no Continente ser levado até a Ilha para depois cruzar a ponte, de volta a Biguaçu.
O secretário de Saneamento Ambiental, Átila Rocha, é categórico ao afirmar que não há como misturar, num mesmo edital, a contratação de um serviço e a exigência de uma obra, no caso a nova central de triagem. Mas concorda que existe um contrassenso nas idas e vindas do lixo. Coisas de uma cidade preocupada com o seu futuro…