Plano Diretor com pedagogia

Plano Diretor com pedagogia

Da coluna de Carlos Damião (ND, 31/03/2010)

Há uma tendência se impondo, nos bastidores da Prefeitura de Florianópolis, para que o Plano Diretor Participativo, em nova fase de discussões, deixe de ser tratado como um assunto técnico, para ser administrado como uma questão pedagógica. “É hora da pedagogia, não da burocracia”, afirmou ontem uma fonte ligada à prefeitura para este colunista. Significa dizer que, depois de tudo o que aconteceu, o Plano Diretor necessita de gestores qualificados, habituados ao diálogo e à conciliação, capazes de articular soluções de consenso.

A mesma fonte observou que será indispensável que as duas partes – os representantes da sociedade e os do poder público – alcancem um mesmo nível de entendimento e lutem pelo mesmo objetivo, que é justamente a construção de um Plano Diretor que seja, de fato, aquilo que Florianópolis precisa, para evitar o comprometimento de suas funções econômicas, ambientais, urbanas e sociais.

Em tempo – Tudo indica que membros do Ministério Público Federal e do Ministério Público Estadual vão acompanhar, com poderosas lupas, as discussões finais sobre o Plano Diretor Participativo de Florianópolis.

Construção positiva

Quem for designado pelo prefeito Dário Berger para coordenar as conversas com a sociedade terá que seguir a premissa da construção positiva, bem longe do que pretendiam setores da prefeitura até recentemente. Ou seja, nada de imposições, nem “tratoradas” sobre os que questionam o conteúdo do documento, muito menos polícia para garantir audiências públicas.

Salve a Lagoa – Mesmo com a retomada das conversas em torno do Plano Diretor, as comunidades continuam mobilizadas: o abaixo-assinado pela qualidade de vida na Lagoa passou de três mil assinaturas ontem.