03 maio Jardim botânico em Florianópolis
A autorização para a venda de parte do terreno onde está prevista a instalação do Jardim Botânico da Capital depende de sanção governamental. A sugestão partiu de emenda parlamentar, aprovada pela Assembléia Legislativa.
A área em questão, no Bairro Itacorubi, possui 323 mil metros quadrados e pertence à Empresa de Pesquisa Agropecuária e Extensão Rural de SC (Epagri). Há dois anos, ela vem trabalhando no pré-projeto daquele que seria o primeiro jardim botânico oficial do Estado.
A emenda do deputado Marcos Vieira (PSDB), se sancionada, permitirá ao governo alienar 60 mil metros quadrados do terreno e investir o valor em infra-estrutura urbana. Entretanto, segundo Murilo Flores, presidente da Epagri, o secretário estadual de Articulação, Ivo Carminati, já garantiu que a proposta será vetada.
– Existe uma inconstitucionalidade, porque mesmo que a área fosse vendida, o dinheiro só poderia ser investido nos focos de atuação da Epagri, que são pesquisa e extensão.
Em resposta à afirmação de Flores, Vieira disse que, se a venda do terreno é inconstitucional, a criação do jardim botânico também seria.
– Uma coisa não inviabiliza a outra. É possível alienar parte do terreno, gerando recursos para obras importantes, e ainda construir um jardim botânico com mais do que o dobro do tamanho do de Curitiba.
Para discutir o assunto, foi realizada, ontem à noite, uma audiência pública na Assembléia.
(DC, 03/05/2007)
Jardim ou prédios?
Da coluna de Cacau Menezes (DC, 03/05/2007).
Circula pela Internet manifesto de um Movimento em Defesa de Florianópolis. Denuncia que a Capital está prestes a sofrer uma das mais graves agressões à sua natureza. Como Cacau publicou em primeira mão, o privilegiado terreno de 240 mil metros quadrados da Epagri, no Bairro do Itacorubi (e que faz parte do ecossistema de manguezal que margeia a Avenida Beira-Mar Norte), foi disponibilizado por 21 deputados (19 foram contra) para ser vendido à iniciativa privada (especulação imobiliária). Quem fez a emenda colocando à venda o terreno foi o deputado Marcos Vieira, do PSDB.
A decisão está, agora, nas mãos do governador Luiz Henrique da Silveira. Dentre os 19 deputados conscientes que votaram contra destacou-se Cezar Souza Junior (DEM), que reivindicou o terreno para a criação do primeiro jardim botânico do Estado e que pode se constituir no maior parque público urbano de Santa Catarina.
Jardim Botânico
Diário do Leitor, DCA Bacia do Itacorubi (Florianópolis) está perplexa ante a notícia de que o terreno de 240 mil metros quadrados da Epagri, integrante do ecossistema do seu manguezal, teria sido disponibilizado pelos deputados para a especulação imobiliária. Essa destinação agravaria a agressão à natureza e ao bem-estar social de Florianópolis, porque a área integra o mangue, pulmão do mar, e é o último reduto verde do Centro urbano. Completaria o erro da administração pública, que autorizou o lançamento de centenas de conjuntos residenciais e até de shopping ao redor do mangue, em área congestionada pelo trânsito, e manteve um sistema viário, sanitário e de escoamento pluvial de 30 anos atrás, sem espaço para ampliá-lo. Os moradores decidiram, por unanimidade, defender o meio ambiente da bacia.
Oswaldo Furlan – Florianópolis (DC, 03/05/2007)
Jardim Botânico
Louvável a intenção de jovem político de querer transformar imensa área verde do Itacorubi em jardim botânico. Não vamos transformar a ilha em mar de concreto.
Cláudia Goldberg – Funcionária pública estadual – Florianópolis (DC, 03/05/2007)
Jardim Botânico
Louvável o apelo do deputado Cesar Souza Júnior para a realização de plebiscito sobre criação do Jardim Botânico. No entanto, sugiro que lute, também, pela instalação de um hospital para queimados na Capital.
Ricardo Frazzon – Por e-mail (DC, 03/05/2007)