04 mar Clínicas particulares de Florianópolis vão oferecer até fim de março doses da vacina contra gripe A
Em clínica da Capital, 5 mil já estão na lista de espera por vacinação.
A vacinação contra a gripe A na rede pública nem começou, mas na particular já tem fila para quem quer ficar imune à doença. As listas de espera nas clínicas privadas são consideradas um exagero por especialistas.
Ainda não há data marcada para a chegada das vacinas, nem preço definido para a dose. A expectativa das clínicas que vão dispor da novidade é que o medicamento chegue até o final de março, a uma média de R$ 50.
Na clínica pediátrica Tio Cecim, no Centro de Florianópolis, há, segundo os atendentes, uma listagem de 5 mil nomes de pessoas interessadas em imunizar os filhos ou a família. O lugar costuma vacinar 3 mil pessoas por ano contra a gripe comum. Como em 2010 uma mesma vacina será utilizada contra a comum e a do tipo A, espera-se que haja aumento de duas mil doses.
A chamada vacina conjugada, que atua contra os dois tipos da doença, será usada apenas nas clínicas privadas. A médica pediatra Marice El Achkar recomenda a vacina também para as crianças que estão fora do programa da Secretaria Estadual de Saúde, porque todas correm risco de contrair o vírus H1N1.
O que acontece para a recomendação ser até dois anos é que o sistema imunológico nesta idade é mais imaturo, facilitando o contágio, explica a médica.
Quando o assunto são os adultos, as opiniões mudam. Para a infectologista Regina Célia Valim, as listas de espera refletem o “mesmo pânico desnecessário” causado pela gripe A no ano passado. Ela orienta que as pessoas aguardem o programa de vacinação terminar para saber a real necessidade de comprar o medicamento:
— Assim como elas podem expelir o vírus, também podem expelir partículas do agente da vacina e estimular a produção de anticorpos em quem convive com eles — conclui.
(DC, 04/03;2010)