Projeto da Praça do Forte São Luís estreia em Bienal de Paisagismo

Projeto da Praça do Forte São Luís estreia em Bienal de Paisagismo

Já consagrada como um dos principais pontos de convivência e atração turística da Capital catarinense, a Praça do Forte São Luís, na confluência das avenidas Beira Mar Norte e Mauro Ramos, no Centro de Florianópolis, agora será apresentada num dos eventos de referência do paisagismo mundial, a 12ª Bienal de Barcelona, nesta segunda, 27, e terça-feira, 28, com a presença da arquiteta Juliana Castro, que concebeu a obra. O projeto foi selecionado entre milhares de todo o mundo e estará entre os 225 que serão expostos e apresentados no evento.

A Praça do Forte São Luís, com 2 mil metros quadrados, foi adotada pelo Grupo Habitasul no dia 7 de setembro do ano passado e entregue em 23 de março deste ano, dia do aniversário de 350 anos da cidade. A Parceria Público-Privada (PPP) com a prefeitura, em que não há gasto de recursos públicos, faz parte do programa “Adote uma Praça”, da associação FloripAmanhã. O projeto das arquitetas Juliana Castro e Clarice Wolowski, da JA8 Arquitetura Viva, que participa da Bienal de Barcelona, foi doado à cidade pelo Beiramar Shopping. O Grupo Habitasul é também responsável pela manutenção da praça pelos próximos cinco anos.

Destacando a excelência da concepção da arquiteta Juliana Castro, o presidente do Grupo Habitasul, Sérgio Ribas, afirma que a empresa está orgulhosa por também participar desse momento importante para Florianópolis, pois reafirma e cumpre a missão da Habitasul de transformar lugares em experiências de bem viver, viver bem e conviver. “Fomos felizes ao acreditar no projeto desenvolvido pela Juliana Castro, enfrentando desafios e fazendo alto investimento para implantar e executar a Praça do Forte São Luís, que era, sem dúvida, um dos maiores sonhos dos florianopolitanos. Essa exposição na Bienal chancela tudo que a Habitasul vem fazendo em favor do desenvolvimento urbano, oferecendo às pessoas lugares qualificados com potencial de se tornarem referência e criarem legados para além de Jurerê Internacional”, afirma Sérgio Ribas.

A arquiteta Juliana Castro explica que o objetivo do projeto paisagístico foi criar um lugar capaz de ser referência para moradores e visitantes. “Entendemos que a localização privilegiada da praça nos permitiu trabalhar com elementos paisagísticos especiais, com plasticidade marcante e que remetem à história do lugar”. A arquiteta lembrou que “este sítio já foi mar, já abrigou o Forte São Luís da Praia de Fora, já foi um lugar de feiras e encontros e passou muito tempo esperando ser novamente ocupado. Queremos dar valor à história de forma não literal. Pensamos que um elemento escultórico pode ressignificar o espaço e, ao mesmo tempo, homenagear seu passado. O objeto central que projetamos tem a água como destaque. Sua forma circular com caminhamento em direção ao centro representa nossa ilha rodeada de água por todos os lados e com mais água no centro, seu coração. Propositalmente o objeto cava o solo, levando a mensagem do passado ali guardado”.

Juliana afirma que “além da simbologia que trouxemos para honrar este lugar tão especial, o projeto cumpre o papel de agregador de pessoas. Inclui elementos lúdicos como água em movimento, formando um lugar de brincar, poltronas confortáveis para olhar o movimento e o belíssimo pôr do sol, bem como árvores nativas de nossa Ilha para que seja de fato um lugar acolhedor”.

A BIENAL – Reconhecida mundialmente, a Bienal Internacional de Paisagem de Barcelona é uma iniciativa do Colégio de Arquitetos da Catalunha (COAC) e da Universidade Politécnica da Catalunha (Barcelona-Tech). A programação da Bienal inclui um simpósio teórico, o Prêmio Internacional de Paisagismo Rosa Barba Casanovas dedicado aos melhores projetos de paisagismo, o Prêmio Internacional das Escolas de Paisagismo, e uma exposição dos projetos finalistas do Prêmio Rosa Barba. Nessa edição, a Bienal buscará refletir sobre as mudanças climáticas, e, mais especificamente, sobre como a paisagem e o paisagismo podem vir a ser uma ferramenta primordial para mitigação dos efeitos dessas mudanças.

(Portal Imagem da Ilha, 27/11/2023)