06 jan Aluguéis inflados na região universitária
Bairro Trindade, um dos preferidos pelos estudantes, tem preços 15% acima do resto da cidade
Nos primeiros meses do ano, a procura por aluguel cresce 30% nos bairros próximos à UFSC, na Capital. Na Trindade, por exemplo, a demanda é grande neste período, quando os calouros procuram casa para morar.
A movimentação nas imobiliárias da região dobra e o volume de contratos fechados fica 60% maior.Segundo Leandro Ibagy, diretor da Ibagy Imóveis, o aumento ocorre porque é período de férias, quando há maior facilidade nas mudanças e para matricular filhos nas escolas.
– A procura é maior no Bairro Trindade porque lá há um público cativo e alta rotatividade. Os formandos deixam os imóveis e os calouros procuram por moradia – explica.
Segundo a gerente da Imobiliária Brognoli, Sandra Rodrigues, este ano houve atraso porque os resultados do vestibular da UFSC só devem sair em meados de fevereiro. Ela alerta que pode faltar imóvel na Trindade.
– Já estamos com a procura aquecida, mas deve ficar ainda mais movimentado em fevereiro. O bairro chega a ter preços 15% maiores do que outros, pela proximidade com as universidades e a economia que isso representa em transporte – diz.
Recém-aprovada na Unisul e torcendo para passar na UFSC, Nathalia Dalçóquio da Silva escolheu um apartamento de três quartos, de R$ 1 mil mensais, que vai dividir com uma amiga, também estudante. A mãe, Maria Regina Dalçóquio fechou o contrato na tarde de ontem.
– Eu passei em Relações Internacionais da Unisul, no Norte da Ilha, mas quero morar por aqui porque é uma região de estudantes – diz.
De acordo com a gerente da Regente Imóveis, Scheila Schingel, o apartamento mais procurado é o de dois quartos, cujo aluguel custa R$ 800.
– Se torna mais barato dividir entre dois estudantes do que alugar um apartamento de um quarto, que custa em média R$ 650.
Os valores dos aluguéis no Continente são mais baratos em relação ao Centro e a Trindade, destaca o proprietário da Guerreiro Negócios Imobiliários, Gilberto Guerreiro.
– Mas a diferença em relação ao Centro não é tão acentuada porque há mais oferta na Trindade.
(DC, 06/01/2010)