Conferência debaterá saneamento básico na Capital

Conferência debaterá saneamento básico na Capital

Acontece entre os dias 05 de junho e 06 de agosto, a III Conferência Municipal de Saneamento Básico de Florianópolis. Serão 6 encontros temáticos, no Auditório do IFSC, na Avenida Mauro Ramos, 950, Centro, sempre das 18h30 às 21h. O evento é promovido pela Prefeitura de Florianópolis, por meio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, em parceria com o Conselho Municipal de Saneamento Básico.

No município, os serviços de saneamento são prestados pela CASAN, responsável pelo abastecimento de água e esgotamento sanitário; pela COMCAP, responsável pela coleta de resíduos sólidos domiciliares; e pela limpeza pública da Capital e a Secretaria Municipal de Infraestrutura – SMI, realizando serviços referentes à drenagem urbana. No caso da CASAN, existe uma Agência Reguladora (ARESC).

Os interessados em participar do evento devem se inscrever de forma presencial, no local da conferência, nos quatro primeiros encontros programados. A participação é gratuita e o evento integra a Semana do Meio Ambiente de Florianópolis, que acontece em junho e terá a programação divulgada em breve.

Os membros da Associação dos Moradores do Campeche prepararam uma reflexão acerca dos assuntos que deverão ser repercutidos durante a Conferência.

Segue na íntegra:

“Florianópolis está afundando em enormes passivos ambientais pela falta de investimento e prioridade em saneamento básico, caminhando para o colapso total da sustentabilidade ambiental, impactando na economia, na saúde, meio ambiente e turismo, entre outros fatores. Pesquisas demonstram que há contaminação da água subterrânea em virtude das fossas sépticas e sumidouros e que não há controle por parte dos órgãos públicos do funcionamento destes equipamentos.

A expansão urbana desordenada favorece o agravamento dos problemas relacionados ao saneamento básico como, por exemplo, os lançamentos de esgoto e lixo nos canais, rede de drenagem pluvial e cursos d’ água, as ocupações irregulares em áreas de preservação, a impermeabilização do solo, manguezais transformados em lixões, urbanização e favelização dos morros, a poluição dos recursos hídricos, entre outros.
Lembrando que a Prefeitura como TITULAR DOS SERVIÇOS é o grande responsável pelo saneamento básico em Florianópolis.

Cabem os seguintes questionamentos para esta Conferência:

a) Quando vamos solucionar as causas dos problemas do saneamento básico?
b) Quando vamos parar de culpar rios, chuvas, lagoas e mares pela contaminação e pelas viroses?
c) Quando vamos para de matar peixes do rio e mangues?

d) Quando vamos investir em macrodrenagem e no plano municipal de macrodrenagem?
e) Onde estão os estudos sobre a capacidade de Florianópolis?
f) Onde está a política de resíduos sólidos de Florianópolis e
a questão lixo zero?
g) Estão cumprindo as metas, ações, objetivos e indicadores e recursos financeiros a aportados para o Plano Municipal Integrado de Saneamento Básico – PMISB?

Muitas questões a serem respondidas!”

*Fonte: Associação dos Moradores do Campeche

(Imagem da Ilha, 31/05/2023)