05 jan Todos pelo que é legal
Praia é sol, diversão, família, amigos, lanchinhos rápidos, bebidas geladas. Certo? Sim, mas uma das reclamações constantes dos veranistas é a falta de sossego por causa do assédio dos vendedores ambulantes. Basta colocar os pés na areia e surgem comerciantes de todo o tipo, oferecendo uma infinidade de produtos e serviços que você nem imagina que encontraria quando saiu de casa para tomar um banho de sol ou apenas dar um mergulho. Ficar contemplando, então, nem pensar. Sempre tem alguém contando uma historinha e oferecendo um docinho, uma pulseirinha… Muitas vezes a preços exorbitantes.
Com o objetivo de dar mais segurança para os veranistas, a Prefeitura de Florianópolis e o Movimento Floripa Sustentável estão com a campanha “Sua praia é mais legal com ambulante legal”. A ideia é valorizar o trabalho e os produtos dos ambulantes que atuam de acordo com a lei, que participaram do processo seletivo e que investiram em sua estrutura e produtos, evitando as competições desleais dos que atuam à margem da lei. Para que possam ser melhor identificados, os ambulantes legais e legalizados estão usando coletes e crachás.
Além de abrir mais vagas para que mais pessoas tivessem a oportunidade de se candidatar a trabalhar, a prefeitura também contratou mais 60 fiscais para atuarem especialmente nas praias combatendo a ilegalidade, e deu poder à Guarda Municipal para que possa fiscalizar e apreender mercadorias de quem não apresentar alvará. A prefeitura informa que ainda há vagas disponíveis para quem quer iniciar um negócio, ou mesmo para aqueles que querem ganhar uma renda extra na temporada, dando oportunidade de divulgar seus produtos, serviços e oferecer mais opções de compra para os turistas.
É consenso de que mudar o comportamento do público faz parte de um longo processo, mas as lideranças do movimento encabeçado pelo Floripa Sustentável acreditam que esta iniciativa é um passo decisivo para a educação cidadã, onde toda a sociedade deve se envolver, denunciar abusos e ajudar na fiscalização.
(Editorial ND, 05/01/2023)