Grupo de pesquisadores da UFSC participa de projeto que impulsiona a aquicultura sustentável no Oceano Atlântico

Grupo de pesquisadores da UFSC participa de projeto que impulsiona a aquicultura sustentável no Oceano Atlântico

Um grupo de pesquisadores formado por professores, técnicos administrativos e acadêmicos de graduação e mestrado do Laboratório de Camarões Marinhos da Universidade Federal de Santa Catarina está participando de um projeto mundial para impulsionar a aquicultura sustentável no Oceano Atlântico. No total são 35 centros de pesquisas, universidades e indústrias das Américas do Sul e Norte, Europa e África.

O projeto AquaVitae começou em maio de 2019 e deve durar até o final de 2023. O objetivo é aumentar a produção de espécies de baixo nível trófico (relativo à alimentação) na aquicultura marítima dos países banhados pelo Atlântico. São espécies que pertencem a grupos de plantas ou animais mais baixos da cadeia alimentar, como macroalgas, ostras, mexilhões, ouriço-do-mar, pepino-do-mar, abalone e tambaqui.

Os primeiros resultados foram apresentados ainda em 2020, quando pesquisadores e produtores do setor aquícola ao redor do mundo reuniram-se de forma on-line para compartilhar dados do primeiro ano do projeto. A UFSC coordena o subprojeto de Amti em bioflocos e tanques, que tem ainda participação da Universidade Federal de Rio Grande (Furg), Universidade Estadual Paulista (Unesp), Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e Primar Aquicultura, primeira fazenda de aquacultura orgânica certificada do Brasil. A proposta é desenvolver um sistema integrando o cultivo do camarão-branco-do-pacífico (Litopenaeus vannamei), tainha (Mugil lisa) e macroalga (Ulva sp.).

A missão do AquaVitae é prover alimentos seguros e saudáveis para as pessoas, melhorar ainda mais a produtividade, analisar a rentabilidade dos produtores aquícolas e oferecer aconselhamento sobre política e governança. “O Atlântico é um recurso alimentar compartilhado e vital para a economia dos países costeiros, mas o oceano está sob crescente pressão devido à superpopulação, mudanças climáticas, sobrepesca e necessidade de uma melhor segurança alimentar. A aquicultura é uma maneira eficaz para se produzir mais alimentos do oceano. Porém, para ser mais sustentável, a aquicultura deve se expandir para além das pisciculturas e incluir espécies de nível trófico baixo que possuem pequeno impacto ambiental”, destacado o vídeo de apresentação do projeto.

Leia a reportagem completa na edição número 13 da Revista da Fapeu que está disponível em https://abre.ai/revistadafapeu

(UFSC, 24/08/2022)

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