Visão de fora

Visão de fora

Da coluna de Cacau Menezes (DC, 16/03/2007).

Um grupo de lusófonos brasileiros, dentre os quais vários catarinenses, recebeu e-mail da médica Maria Eduarda Fagundes, que vive em Uberaba (MG), de família açoriana, que se declara “muito apreensiva” com sua última visita a Florianópolis. Chamou especial atenção que “naquele paraíso de verdor e de lindas praias já aparecem áreas degradadas, colinas desmatadas, perigosamente invadidas por construções mal-ajambradas, desordenadas, definindo áreas de favelas. Em algumas praias, esgotos não tratados e lixo espalhado, contaminando as areias e o mar, antes transparente e límpido, onde era prazeroso o banho e o descanso à beira-mar. A violência já se percebe em locais de maior movimento. Profusão de obras, algumas até majestosas, tiram o visual do mar, tudo em nome do ‘desenvolvimento’ do comércio e da exploração imobiliária”. Sentiu uma sensação desagradável de “déjà vu”, e lembra do que aconteceu, a partir da década de 1960, à Ilha do Governador, no Rio de Janeiro.