02 ago Economia Criativa e a ocupação da cidade
Artigo de Thaynan Mariano – Executivo do Floripa Conecta
O urbanista inglês Charles Landry definiu Cidades Criativas como aquelas que possuem “senso de conforto e familiaridade, uma boa mistura do velho com o novo, variedade e escolha e um equilíbrio entre o calmo e o vivo, o risco e a cautela”.
Richard Florida, considerado um guru do conceito “cidades criativas”, referência quando o assunto é inovação e criatividade aplicadas à prosperidade econômica, foi além. Para o pesquisador, a classe criativa cresce como uma nova classe econômica que irá revolucionar este século. Para atrair esses profissionais, que podem ser tão diversos como artistas ou empresários, é preciso que as cidades ofereçam um ambiente que propicie que isso aconteça.
Isso está diretamente conectado à ocupação das cidades, já que tais agentes criativos naturalmente buscam ambientes que conversem com essa vocação criativa. Nesse contexto, a existência de parques, espaços de arte, bairros seguros, locais boêmios e de encontro são essenciais para que essa energia floresça.
Outro ponto importante é que a cidade descubra sua própria vocação e não tente imitar grandes centros. Autenticidade é palavra-chave, já que a criatividade se desenvolve justamente em comunidades singulares.
Unir a economia criativa às principais vocações de Florianópolis – tecnologia e turismo – é o objetivo do Floripa Conecta, projeto que une iniciativas públicas, privadas e eventos na Capital catarinense para movimentar economicamente o mês de agosto, considerado um dos menos ativos do ano.
Em sua segunda edição, o Floripa Conecta será um hub de eventos em 2022 – serão mais de 30 deles, com temas variados e que abrangem desde tecnologia, artes, música, gastronomia,
design, cultura e audiovisual a business e marketing, entre outras áreas. O projeto terá 10 dias e ocorre de 4 a 14 de agosto, com vários espaços da cidade ocupados, conectados, muitas vezes simultaneamente e com agendas distintas.
Se Florianópolis já é reconhecida desde 2004 pela Rede de Cidades Criativas pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) como uma “Cidade Criativa na área de Gastronomia”, há ainda muito a ser explorado nas outras seis áreas criativas da organização: artesanato e folclore, mídia, cinema, design, literatura e música. Iniciativas como o Floripa Conecta buscam estimular o desenvolvimento econômico desses e outros setores por meio daquilo que a cidade tem de melhor: o potencial criativo das pessoas.
As principais entidades da cidade – SEBRAE, CDL, ACIF, FIESC, ACATE, Fundação CERTI, Prefeitura de Florianópolis e ABRASEL estão unidas para que o Floripa Conecta possa ser um elo fundamental para gerar essa movimentação do mês de agosto em Florianópolis.
(Assessoria de Imprensa Revista Gulliver)